Aliado de Jair Bolsonaro, o deputado federal Nicoletti (União Brasil-RR) defendeu o ex-presidente após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, obrigar o político a usar tornozeleira eletrônica.
Para o bolsonarista, a decisão é motivada por “perseguição” e “vingança política”.
“Isso não é justiça. Isso é perseguição. Isso é vingança política”, declarou.
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Ao adotar as medidas, Moraes considerou a suspeita de que Bolsonaro estaria tentando obstruir o julgamento da suposta tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, no qual o ex-presidente é réu pela acusação de liderar o crime.
Com a tornozeleira, Bolsonaro está proibido de sair de casa entre 19h e 7h e aos finais de semana, além de impedido de acessar redes sociais, manter contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros.
Ele também não pode se aproximar de embaixadas e manter contato com outros investigados pelo STF, incluindo o filho Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado que está nos Estados Unidos.
Nicoletti considera que a medida contra um ex-presidente eleito em 2018 com mais de 57 milhões de brasileiros é “ataque sem precedentes” à oposição brasileira.
Ademais, o deputado disse que o endurecimento de medidas contra Bolsonaro ocorre poucas horas após o ex-presidente se oferecer para dialogar com o presidente estadunidense Donald Trump para reverter a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.
“Poucas horas depois, o próprio Trump enviou uma carta pública em apoio ao Bolsonaro, denunciando essa perseguição que o mundo inteiro já está vendo”, disse Nicoletti, acusando o Governo Lula de destruir a economia brasileira.