Política

Denúncia contra Temer deve atrasar votação de proposta de reforma política

Relatório está pronto para ser lido em comissão, segundo a deputada federal Shéridan

Denúncia contra Temer deve atrasar votação de proposta de reforma política Denúncia contra Temer deve atrasar votação de proposta de reforma política Denúncia contra Temer deve atrasar votação de proposta de reforma política Denúncia contra Temer deve atrasar votação de proposta de reforma política

A votação de admissibilidade da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), deve atrasar a tramitação na Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que veda coligações partidárias e estabelece uma cláusula de desempenho para as próximas eleições.

O texto é relatado pela deputada Shéridan (PSDB-RR) e é uma das principais propostas da reforma política. A deputada informou que seu relatório está pronto para ser lido na comissão especial da Câmara. Ela disse, porém, que espera o adiamento na tramitação devido à votação do processo encaminhado pela Procuradoria Geral da República (PGR), por corrupção passiva.

“Mais uma vez a pauta do plenário deve comprometer o andamento da reforma. Isso é preocupante pelo tempo. Temos que aprovar até setembro [para que possa vigorar nas eleições do próximo ano]. A pauta da reforma política é emergencial, independente de quem for o presidente. A gente não pode submeter o Congresso à situação que a gente se encontra hoje. A pauta do Brasil parou e se volta a essa situação que a Presidência vive no momento. Infelizmente tumultua e atrapalha. A gente tem que dar satisfação ao povo brasileiro. O Brasil é muito maior do que isso”, disse a parlamentar.

A sessão para leitura do relatório da reforma política está marcada para a próxima quarta-feira, 2 de agosto, mesmo dia da votação de admissibilidade da denúncia. A própria deputada prevê que só conseguirá ler o texto na semana seguinte. “Se der certo, pedirei ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para colocar a matéria em votação no plenário na terceira semana de agosto”, comentou.

A previsão, porém, é que novas denúncias contra Temer cheguem à Casa e afetem as votações. Shéridan afirmou que caberá a Maia encontrar uma maneira de votar o projeto, mesmo com novas denúncias tramitando na Casa. “Ele tem sido grande articulador político. Considerando a importância da matéria, acho que ele abriria um espaço para votação”, disse.

O QUE DIZ O TEXTO – O relatório estabelece cláusula de desempenho de 1,5% já para 2018 e aumento gradual até atingir 3% em 2030. Ou seja, só partidos com esse percentual mínimo de votos teriam direito a cadeiras na Câmara. Por enquanto, o texto determina a proibição de coligações partidárias já em 2018, mas a deputada diz que isso pode mudar se Vicente Cândido (PT-SP) alterar sua proposta de sistema eleitoral.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.