A CPI das Terras da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) recomendou nesta segunda-feira (15) o indiciamento da ex-presidente do Iteraima, Dilma Lindalva Pereira Costa, e de outras 13 pessoas por elo com um suposto esquema de grilagem de terras públicas no Estado.
A ex-presidente é acusada de participar de duas fraudes e poderá responder por sete crimes: prevaricação, advocacia administrativa, condescendência criminosa, associação criminosa, corrupção passiva, falsidade ideológica e violação de sigilo funcional.
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No caso do Sítio Uberabinha 2, ela teria reaberto um processo arquivado para favorecer um suposto proprietário sem documentação legítima. Por isso, Dilma deve responder por condescendência criminosa, advocacia administrativa e associação criminosa.
“A visão que eu tenho é que a Dilma foi para o Iteraima só para fazer esquema. A verdade é essa. […] Ela realmente deu diversos títulos irregulares para pessoas que não comprovam o marco temporal, que não comprovam a cultura afetiva, falsos moradores primitivos de áreas de glebas, e ela titularizou. E titularizou em tempo recorde”, disse o relator da CPI, deputado Renato Silva (Podemos), no intervalo da leitura do relatório preliminar de indiciamento.
Além disso, ela é indiciada no caso da Gleba Ereu. De acordo com o relatório, a ex-presidente teria agido com o mesmo modus operandi. A CPI aponta que sua atuação foi essencial para a emissão fraudulenta de títulos de terra.
A Folha BV ainda não localizou Dilma Lindalva. O espaço está aberto para manifestação.
O indiciamento será encaminhado ao Ministério Público de Roraima (MPRR), à Polícia Civil (PCRR) e outros órgãos.
Renato Silva começou a ler o relatório preliminar, de 84 páginas, às 16h, e tem previsão de finalizar a leitura por volta 21h. O atual presidente do Iteraima, Ionilson Sampaio, acompanha presencialmente a reunião da CPI.