ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

CPI das Terras: Empresário é acusado de invadir lotes de pequenos agricultores

Caso foi revelado por associação de agricultores. Presidente da CPI, Jorge Everton, prometeu investigar o episódio

O secretário da Associação de Agricultura Familiar Nova Floresta, Breno Silva, durante oitiva da CPI das Terras
O secretário da Associação de Agricultura Familiar Nova Floresta, Breno Silva, durante oitiva da CPI das Terras (Foto: Reprodução)

Agricultores familiares acusam um empresário de invadir lotes particulares na vicinal Nova Floresta, na vila Campos Novos, em Iracema, Sul de Roraima. As declarações foram feitas nesta quarta-feira (30), durante oitiva da CPI das Terras, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).

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O secretário da Associação de Agricultura Familiar Nova Floresta, Breno Silva, foi quem revelou o caso. Ele leu uma carta oficial da instituição e apresentou aos deputados um boletim de ocorrência que detalha o episódio (entenda mais abaixo).

O secretário da Associação de Agricultura Familiar Nova Floresta, Breno Silva, durante oitiva da CPI das Terras
O secretário da Associação de Agricultura Familiar Nova Floresta, Breno Silva, durante oitiva da CPI das Terras (Foto: Reprodução)

Assim, o presidente do CPI, deputado Jorge Everton (União Brasil), prometeu encaminhar a documentação para providências e que irá investigar cada situação relatada na oitiva.

Outros membros do grupo, como os deputados Renato Silva (Podemos), relator, e Soldado Sampaio (Republicanos), presidente da Casa, concordaram em realizar uma diligência na região.

O relato

Na carta lida por Breno Silva, a associação informou que agricultores do Projeto de Assentamento Nova Floresta habitam há pelo menos 17 anos na região, com lotes que medem 250×1.000 metros. Disse que o grupo se surpreendeu com a instalação de pedras, por ordem do empresário, para demarcar a área, que fica na gleba Ajarani.

“Sem comunicar os agricultores, ele colocou máquinas para fazer um arrastão de mais ou menos 50 metros de largura nessa divisa que, justamente, tem as benfeitorias dos agricultores. Diante do contexto, a associação deixa claro que não toma partido de ambos os lados e que trabalha dentro da lei”, diz o texto.

Além disso, a associação considera que a ação é injusta em razão dos anos de trabalho dos agricultores da região, e que não há ordem judicial para respaldar a demarcação. Por conseguinte, a carta detalha a quantidade de área perdida por cada um dos 20 produtores para o empresário: de 300 a 850 metros quadrados.

Durante sua fala, Breno Silva detalhou que auxiliares do fazendeiro fizeram um “arrastão” com maquinários pelas áreas para instalar cercas e ignoraram os pedidos de membros da associação para parar a ação. Além disso, ele detalhou que a Polícia Civil estiveram na localidade para intervir no conflito. “A associação foi na delegacia de Iracema, através do presidente, para fazer boletim de ocorrência”, relatou.

Assista à oitiva da CPI das Terras

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