DECISÃO

Com 63 vetos, Lula sanciona nova Lei do Licenciamento Ambiental

Presidente da República vetou, por exemplo, trecho que limitaria a consulta a povos indígenas e quilombolas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião com as lideranças dos grupos de engajamento do G20, em cerimônia no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião com as lideranças dos grupos de engajamento do G20, em cerimônia no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Lula (PT) vetou 63 trechos do projeto da nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental, aprovado pelo Congresso. O governo federal busca manter equilíbrio entre agilidade nos processos, proteção ambiental e segurança jurídica. Agora, deputados e senadores irão avaliar os vetos.

Os principais vetos afetam:

  • A ampliação da Licença por Adesão e Compromisso (LAC) para empreendimentos de médio risco;
  • A dispensa da análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR);
  • A tentativa de retirar a proteção especial da Mata Atlântica; e
  • A restrição à consulta a povos indígenas e quilombolas.

Segundo o governo federal, os vetos impedem a flexibilização excessiva que poderia estimular “uma competição antiambiental” entre estados e municípios.

Além disso, mantêm o poder vinculante dos órgãos gestores de Unidades de Conservação e a exigência de medidas compensatórias por impactos indiretos.

Lula baseou a decisão em quatro diretrizes:

  • Proteger o meio ambiente;
  • Respeitar direitos de povos tradicionais;
  • Garantir segurança jurídica; e
  • Modernizar o licenciamento sem comprometer sua qualidade.

Para preencher lacunas deixadas pelos vetos, o Governo Lula enviará ao Congresso um novo Projeto de Lei com urgência. Ele trará redações ajustadas para pontos considerados essenciais.

Ao mesmo tempo, o presidente editou uma Medida Provisória que antecipa a vigência da Licença Ambiental Especial (LAE), para permitir que empreendimentos estratégicos tenham prioridade e agilidade nos trâmites de licenciamento.

A nova lei, segundo o Governo, nasce “mais sólida e equilibrada”, com foco em proteger os ecossistemas, assegurar investimentos e evitar judicializações.

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