Nesta segunda-feira (23), o Irã lançou mísseis contra bases militares dos Estados Unidos no Catar e no Iraque, em resposta a ataques americanos a suas instalações nucleares. A ação foi anunciada pela mídia estatal iraniana e confirmada pelo Pentágono.
A Guarda Revolucionária do Irã (IRGC) afirmou que o ataque foi uma “resposta poderosa e vitoriosa” e advertiu que não tolerará agressões à sua soberania. O Catar, onde fica a Base Aérea de Al-Udeid – uma das principais instalações militares dos EUA na região – condenou a ação como uma “violação flagrante” de seu espaço aéreo e soberania.
Segundo o governo do Catar, os sistemas de defesa aérea interceptaram os mísseis, e a base havia sido evacuada antes do ataque. Não houve vítimas, mas o país afirmou que reserva o direito de responder proporcionalmente. O Irã, por sua vez, declarou que o ataque não visava o Catar e reafirmou seu compromisso com as relações bilaterais.
Al-Udeid abriga cerca de 8.000 militares americanos e é um centro estratégico para operações dos EUA no Oriente Médio. O ataque ocorre em meio a uma escalada de tensões após bombardeios israelenses e americanos contra alvos nucleares iranianos, incluindo a instalação subterrânea de Fordo.
Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, reuniu-se com o Conselho de Segurança Nacional para discutir a crise. O conflito entre Irã e Israel já dura dez dias, e a retaliação iraniana contra os EUA marca um novo patamar de risco para a região.
Especialistas alertam que o Irã pode mirar outras bases americanas no Golfo ou usar aliados no Iraque e Síria para novos ataques. A situação permanece volátil, com embaixadas ocidentais emitindo alertas de segurança para seus cidadãos.