Política

“Sou contra a reforma da Previdência e o Distritão”, garante Jhonatan de Jesus

Parlamentar do PRB disse que os atuais programas do governo Temer, como as privatizações, não são bons para o Brasil

“Sou contra a reforma da Previdência e o Distritão”, garante Jhonatan de Jesus “Sou contra a reforma da Previdência e o Distritão”, garante Jhonatan de Jesus “Sou contra a reforma da Previdência e o Distritão”, garante Jhonatan de Jesus “Sou contra a reforma da Previdência e o Distritão”, garante Jhonatan de Jesus

Dando continuidade à série de entrevistas feita pela Folha sobre os temas políticos do momento, como as reformas política, previdenciária e tributária, o deputado federal Jhonatan de Jesus (PRB) se manifestou contrário tanto ao fundo público eleitoral quanto ao Distritão. Ele foi incisivo ao afirmar que o País está passando por uma das maiores crises econômicas de sua história, o que inviabiliza o financiamento público partidário em campanha política.

“O País está passando por uma crise institucional, moral e ética. Não dá para instituir um ‘Distritão’ com financiamento de campanha sem saber de onde vão sair esses R$ 3.6 bilhões, que está na proposta. Só se sabe que o dinheiro estará disponível para financiar a campanha”, disse Jhonatan.

O deputado deixou bem claro, em seu discurso na Câmara Federal, que toda a base do Partido Republicano Brasileiro (PRB) é contra a proposta. “É absurdo o que estão propondo para financiar campanha eleitoral. Eu e toda base do PRB vamos votar contra o Distritão e o financiamento de campanha. Estamos passando por um momento delicado na nossa economia e ainda colocar o povo para pagar às despesas de campanha? É falta de respeito com o cidadão brasileiro e isso nós não vamos aceitar”, afirmou o deputado.

Ele explicou que o Distritão seria, atualmente, uma boa via para o País. Porém, atrelado ao fundo partidário de R$ 3.6 bilhões se torna inviável porque vai permitir que 90% do Congresso se reeleja e não ocorra a mudança necessária. “Se fosse somente o Distritão, sem o fundo, as coisas estariam propensas à mudança. Um sistema que o Afeganistão utiliza como exemplo para o mundo não serve para ser usado no País”, comentou.

O parlamentar analisou o atual cenário do Congresso em relação ao governo feito pelo presidente Temer como rejeitado pela população. “No atual momento, o presidente Temer tem basicamente entre 200 a 240 deputados aliados, porém, não tem o controle definitivo do País, até porque algumas ações dele não são bem aceitas pela população. Então, a rejeição dele termina refletindo na reação do Congresso. Com isso, nós sofremos bastante neste momento em que a crise política tem afetado o cenário. Quanto às denúncias, para mim, ele deve responder perante a Justiça como cidadão comum”, disse.

Em relação às reformas previdenciária e tributária, propostas pelo governo, Jhonatan afirmou que já se manifestou contrário à reforma da previdência. “Eu entendo que a reforma da previdência é necessária. Porém, temos que estudar outra maneira para que ela ocorra, não dá forma como o governo está propondo. Quanto à reforma tributária, se ouve falar, mas não há ainda um texto ou uma definição sobre ou como ela será, ou o que vai acontecer de fato com essa proposta”, esclareceu.

Quanto ao aumento do teto da meta fiscal e o déficit das contas públicas, o deputado federal disse que é a favor da revisão da meta fiscal até para colocar o país nos trilhos. “A inflação caiu devido aos ajustes fiscais, devido ao crescimento da indústria brasileira. Para entrar em sintonia com o que é bom para a população, as contas do País precisam de revisão. E para isso acontecer, se for preciso revisar a meta e não comprometer a economia brasileira, nós vamos fazer”, assegurou.

Por fim, Jhonatan de Jesus afirmou que o programa de privatizações do governo federal, que envolve principalmente a energia da Amazônia, não é bom para o Brasil. “Eu já me posicionei contrário a esse pacote de privatização que o governo vem fazendo. Isso não é a forma de arrecadar recurso. Todas as matérias mostram que, o que pode ser arrecadado com isso é quase nada. Nós não podemos privatizar uma das maiores fontes de riqueza do País que é a Eletrobras. Com isso, estaremos privatizando os nossos rios e entregando as nossas águas nas mãos de estrangeiros, que vem pra cá pra poder se beneficiar do nosso país”, concluiu.

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