“O que aconteceu na Assembleia é reflexo da eleição”, diz Sampaio

Em entrevista exclusiva para a Folha de Boa Vista, o presidente da Assembleia Legislativa, Soldado Sampaio (PCdB) afirmou que todas as confusões ocorridas na Assembleia Legislativa nas últimas semanas são reflexo da eleição majoritária que se aproxima.

“Nós fazemos parte de um grupo político. Fui chefe da casa civil e líder do governo e estou em parceria com o projeto pela reeleição do governador Antonio Denarium, pois isso é o melhor para Roraima. Portanto, é cristalino para toda a sociedade roraimense. Vamos para eleição contra o grupo político de um político influente cuja aliada se apresenta como opositora ao governo e todos sabemos que os três dias em que o deputado Jalser Renier ficou como presidente dessa casa tem claramente o dedo desse político que quis colocar as digitais no Poder Legislativo” explicou Sampaio.

Para Sampaio ficou cristalino que as mudanças na assembleia foram ocasionadas pela eleição que se aproxima.

“A política não é uma ciência exata, é uma ciência humana, mas é só você observar o que aconteceu, tendo claramente por exemplo, a nomeação do superintendente da casa que foi uma indicação do referido político. Então vamos partir para esse enfrentamento e temos claro que nosso adversário político é esse senhor que representa o atraso e o retrocesso político. Então vamos partir para esse enfrentamento nas ruas e nas urnas” explicou.

Sobre servidores

Sobre as mudanças ocorridas na Assembleia em relação à demissão geral de servidores, Sampaio explicou que a Mesa Diretora derrubou algumas resoluções assinadas pelo ex-presidente e que o restante será analisado.

“O desequilíbrio do ex-deputado durante a sua presidência foi tão fora do normal, que a própria mesa diretora baixou uma resolução derrubando vários atos que haviam sido assinados entre esses três dias”.

A respeito das traições que ocorreram durante a briga pela presidência da casa, Sampaio disse que trata com tranquilidade o fato de alguns dos deputados não terem comparecido a sessão ou terem se abstido de votar.

“Isso é normal e não será criando represália que nós vamos conseguir lidar com isso. Vamos unificar os pensamentos e posições para que o parlamento possa voltar a seu lugar de representante do povo” concluiu.