Polícia

Vendedores afirmam que também foram vítimas de dona de agência

O caso foi descoberto na quarta-feira, 13, e as investigações estão sendo conduzidas pelo 2º Distrito Policia

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Vendedores de passagens aéreas que trabalhavam para a dona de uma agência de viagens, denunciada esta semana por clientes, relataram a FolhaWeb que também foram vítimas de umgolpe. As investigações sobre o caso estão sendo conduzidas pelo 2º Distrito Policia, conforme adiantamos em matéria veiculada na sexta-feira, 15.

À reportagem, Yuri Brito e Lailson Santana contaram que nunca desconfiaram da proprietária do estabelecimento, uma vez que a relação entre eles era informal. As evidências só começaram a vir à tona, quando clientes procuraram os vendedores para reclamar da ausência dos códigos de rastreamento das passagens compradas.

“Nós trabalhávamos apenas como promotores de vendas. Éramos nós que fazíamos a divulgação da agência, que entrava em contato com o cliente, que fazia o recebimento dos valores e repassava para ela fazer o encaminhamento desse montante para o fornecedor. Nunca desconfiamos de nada, até porque o fornecedor só faz a liberação do código de rastreamento da passagem mediante ao pagamento”, afirmou Lailson Santana.

A agência, segundo os rapazes, tinha apenas quatro meses de criação, no entanto, nesse período eles realizaram várias ações promocionais a pedido da mulher. Com o surgimento dos primeiros atrasos de código, eles relataram que chegaram a questionar a mulher sobre o problema, no entanto, ela teria justificado a elevada demanda ao fornecedor do grupo.

Até então, os vendedores acreditavam que apenas uma única empresa era responsável por fazer o envio das passagens para a agência, até que tiveram uma surpresa na tarde quarta-feira, 13, quando a dona do estabelecimento pediumais dinheiro e solicitou que um deles a encontrasse em um posto de combustíveis do bairro 13 de setembro. Depois disso, ela desapareceu.

“Nesse dia, nós tiramos uma grande quantidade de dinheiro e ela [dona da agência] andava sempre com o mesmo motorista de Uber. Até então não tínhamos como levantar suspeitas de nada. Nesse mesmo dia, pela tarde, chegou uma fornecedora de milhas, que a gente desconhecia, dizendo que ela devia uma grande quantia para sua empresa. A gente perguntou quantas passagens eram e ela repassou algo em torno de 40 bilhetes, cerca de R$ 40 mil em dívidas. Foi aí que a gente sacou que ela [dona da agência] estava mentindo”, comentou Yuri Brito.

“Nesse dia, por volta das 13h, ela me ligou, perguntou se tinha R$ 1 mil, porque tinha que pagar um fornecedor. Eu disse que tinha, e aí ela pediu para que eu fosse ao Posto Trevo, porque de lá era iria efetuar esse pagamento. Ela pegou dinheiro comigo, me abraçou e se despediu. E simplesmente sumiu. Esse golpe foi tão articulado que ela desligou o telefone pessoal e apagou todas as contas que tinha nas redes sociais”, complementou Lailson.

A dupla comentou ainda que após começarem a juntar os fatos, foram denunciar o caso às autoridades policiais, registrando uma queixa na Central de Flagrantes, do 5º Distrito Policial. Outra medida que tomaram foi informar aos clientes sobre o fato, por meio do perfil da empresa no aplicativo Instagram.

“A primeira medida que tomamos foi alterar a senha do perfil da agência no Instagram, para ela não deletar a conta, e para que pudéssemos informar os clientes sobre o que estava ocorrendo. A gente estima que mais de 500 pessoas tenham sido lesadas por esse golpe. Minha mãe, por exemplo, é uma delas. Nós conseguimos descobrir ainda que esse tal motorista a levou para Manaus e que ela estaria escondida na casa de uma tia”, salientou Santana.

Por fim, os vendedores voltam a frisar que também são tão vítimas quantos os consumidores e os orientam para que procurem o 2º DP.

“Nós também fomos tão vítimas quanto os clientes da agência e a orientação que damos é que procurem o 2º DP, que é a delegacia que está cuidando das investigações. Quanto mais denúncias forem feitas, mais rápido será resolver esse caso”, pontuou Brito.

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