
O tenente do Corpo de Bombeiros D.B.H., de 42 anos, foi detido nesta segunda-feira, 29, após atropelar propositalmente e tomar a motocicleta de K.A.S.S., de 24 anos. O atropelamento ocorreu na Avenida Ataíde Teive, próximo ao Instituto Médico Legal (IML). A motivação seria uma dívida de R$ 250 que a vítima devia ao oficial.
O atropelamento
A vítima procurou ajuda no Fórum Criminal, no bairro Caranã, e de lá, policiais militares do 1º BPM foram acionados para prestar apoio. K.A.S.S. relatou que foi propositalmente atropelada pelo tenente, que a encontrou no trânsito. Segundo ela, a fúria do oficial se deu porque ela não havia quitado uma dívida de R$ 250, contraída no ano passado.
Conforme o relato, o homem exigiu o dinheiro na hora, mas a mulher disse que só pagaria na semana seguinte. Nesse momento, o bombeiro começou a segui-la e, em seguida, a atropelou. Após o impacto, ele tomou a chave da moto que a vítima conduzia e a levou embora.
Ainda de acordo com a mulher, antes de deixar o local, o bombeiro a teria ameaçado, dizendo que não adiantaria procurar a polícia, pois ele “conhecia muita gente.”
Detenção
Após ser socorrida, a vítima informou aos policiais o endereço do tenente, que foi encontrado em sua residência, no bairro Mecejana. No imóvel, a guarnição localizou a moto da mulher e o carro do oficial com o para-choque danificado.
Os policiais tentaram dialogar com D.B.H., mas ele não respondeu e se recusou a atender às ligações para o seu celular. Diante da situação, o oficial de operações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram acionados, assim como outras guarnições (como Reforço Setorial e Rocam), para acompanhar a ocorrência.
Um certo tempo depois, uma mulher que se identificou como namorada do tenente chegou e abriu o portão. Os policiais adentraram o imóvel, momento em que o bombeiro se exaltou, exigindo que as guarnições saíssem. Ele esbravejou, afirmando que não havia cometido crime e que não seria preso.
D.B.H. ainda alegou que a Polícia Militar não podia entrar na casa dele sem um mandado. Chegou a dizer que um sargento da PMRR, presente na ocorrência, deveria prestar continência para ele, em razão de seu posto de oficial do Corpo de Bombeiros.
Após um longo período de negociação e diálogo, D.B.H. se entregou e foi levado em uma viatura do Corpo de Bombeiros até a Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos.
Ele deve responder pelos crimes de ameaça, omissão de socorro e roubo.
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