POLÍCIA PENAL

Suposta tortura: Os relatórios que teriam desclassificado policial em curso interno

Sejuc já declarou que coordenação da capacitação atuou legalmente. Caso é investigado pelo MPRR

Polícia Penal de Roraima (Foto:  Ascom Policia Penal)
Polícia Penal de Roraima (Foto: Ascom Policia Penal)

O policial penal A.S.M.J. denunciou, na última semana, que foi excluído do Curso de Escolta Tática Prisional por suposta perseguição após produzir relatórios sobre falhas no sistema prisional. A Secretaria Estadual de Justiça (Sejuc), por sua vez, alegou que a coordenação do Núcleo Pedagógico atuou legalmente. O caso é investigado pelo Ministério Público (MPRR).

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No último dia 27, durante a atividade da capacitação, a coordenação acusou o agente de errar um procedimento e o obrigou a executar dezenas de voltas em torno do pelotão, além de aplicá-lo spray de pimenta. Ademais, A.S.M.J. relatou que ouviu do coordenador geral comentários como “quer fazer relatório pra tomar a Secretaria?”.

Nesta segunda-feira (4), a Folha BV teve acesso a três documentos mencionados pelo agente. Em um deles, de junho, o policial solicita um kit Cipa com prancha em polietileno porque, sem ele, não seria possível prestar atendimento adequado aos presos.

Além disso, em julho, A.S.M.J. solicitou a compra de munições de impacto controlado, de baixa letalidade. A munição, de calibre 12, estaria em falta no arsenal da unidade, o que representava um risco nas ocorrências.

Ademais, ele também pediu treinamento para operar os aparelhos Body Scan (inspeção corporal) e Raio-X, em agosto.

Neste caso, o policial destacou a falta de capacitação específica para o manuseio dos equipamentos, que emitem radiação e demandam atenção especial à radioproteção. Ele ainda lembrou que as normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) exigem que operadores comprovem conhecimento para o trabalho.

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