O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Roraima (SINDPPEN-RR) emitiu uma nota de repúdio após divulgação de um vídeo que expõe as policiais penais que denunciaram casos de assédio moral no sistema prisional. O sindicato reforçou que a produção reforça “a maneira covarde a qual hoje é conduzida a Secretaria de Justiça e Cidadania”.
No último dia 15, as policiais penais denunciaram à FolhaBV que estavam adoecendo diante de humilhações do diretor do Centro de Progressão Penitenciária. A situação causou comoção entre deputados, principalmente após supostas agressões à detentos na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC). Os diretores foram afastados uma semana depois.
Nessa quinta-feira (28), um vídeo circulou nas redes sociais insinuando que as denúncias são “reclamações diante da tranquilidade no sistema prisional” e que elas sabiam que a “polícia é um trabalho difícil”. Ao tomar conhecimento, o SINDPPEN-RR respondeu e criticou o material.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O SINDPPEN-RR repudia veementemente o conteúdo de um vídeo no qual expõe covardemente mulheres policiais penais que passam por um momento delicado, demonstrando uma verdadeira violência de gênero sem precedentes na Secretaria de Justiça e Cidadania. […] A exposição de mulher em situação de fragilidade somente reforça a maneira covarde a qual hoje é conduzida a Secretaria de Justiça e Cidadania,
disse em nota.
O Sindicato ainda destacou que “conteúdo veiculado é ofensivo, humilhante e perpetua estereótipos negativos, prejudicando não apenas as vítimas diretas, mas todas as mulheres que exercem funções na segurança pública”. “Buscaremos as autoridades competentes para tomarem as providências administrativas e judiciais necessárias para garantir a responsabilização dos culpados”, finalizou o SINDPPEN-RR.
“Escancara falta de respeito”, diz policial penal
Uma das mulheres expostas no vídeo é a policial penal Adriana de Paula, que já foi diretora da Pamc. À reportagem, relatou que o vídeo “escancara a falta de respeito” com as mulheres na Polícia Penal.
Esse vídeo só revela o caráter de quem o fez ou mandou fazer. Escancara para a sociedade a falta de respeito que as mulheres da polícia penal veem sofrendo. É nítido o escárnio e ódio os quais enfrentamos no âmbito de nossa secretaria. São 11 anos de efetivo serviço, os quais me dediquei e me doei em prol dessa carreira, esse vídeo não muda minha história, nem das minhas colegas. Pelo contrário só enfatiza e fortalece a nossa luta contra toda forma de preconceito que as mulheres enfrentam ainda hoje em seus locais de trabalho. Não vamos nos calar!
