Dois homens foram presos preventivamente pela Polícia Civil de Roraima (PCRR) durante a operação “As crianças não estão bem“, deflagrada pela Delegacia de Caracaraí. Eles são suspeitos de praticar violência sexual contra uma adolescente de 13 anos.
De acordo com a polícia, os investigados são M.A.T.A., de 54 anos, companheiro da avó da vítima, e F.P.S., de 75 anos, vizinho da família. As investigações apontam que os abusos começaram quando a vítima tinha 8 anos.
O delegado responsável pelo caso, Bruno Gabriel Costa, informou ainda que outras adolescentes também teriam sido vítimas de M.A.T.A.
“Esse indivíduo a estuprou pela primeira vez quando ela tinha oito anos de idade e essas práticas se tornaram recorrentes. Ele sempre a ameaçava após o ato, que ocorria geralmente na casa da avó, para que não revelasse a ninguém sobre seus atos”, disse o delegado.
A vítima chegou a contar para a irmã mais velha, de 15 anos o que estava lhe acontecendo e pediu ajuda. As investigações apontam que essa adolescente, de 15 anos, também foi estuprada pelo marido da avó e que uma prima delas, de 13 anos, também era vítima.
A mãe da adolescente denunciou o caso à Delegacia de Caracaraí no dia 24 de agosto deste ano. A polícia representou pela prisão preventiva dos dois homens, que foi decretada pela Justiça. Ambos foram localizados e presos pela equipe da unidade.
Segundo a PCRR, as investigações continuam para identificar se há outras vítimas e reunir provas que sustentem a responsabilização criminal. Os dois suspeitos devem passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (4).
O nome da operação The kids aren´t alright, faz referência a uma música, que em português significa “As crianças não estão bem”, da banda norte americana The Offspring.
“O nome da operação, ‘The kids aren’t alright’, reflete a dura realidade que enfrentamos: a perda precoce da inocência e a quebra da ilusão de um mundo seguro para crianças e adolescentes. Cada ação da Polícia Civil tem como objetivo proteger essas vítimas e garantir que a sociedade não feche os olhos para crimes tão graves”, concluiu o delegado Bruno.