Uma operação integrada entre as polícias civis de Roraima (PCRR) e do Mato Grosso (PJC-MT) desarticulou uma organização criminosa especializada em estelionato eletrônico e lavagem de dinheiro. O grupo é acusado de causar um prejuízo superior a R$ 340 mil a uma rede de supermercados em Boa Vista.
Conforme a investigação, iniciada em outubro de 2024 pelo 4º DP de Boa Vista com apoio do serviço de inteligência (DEINT), os criminosos se passavam pelo proprietário do supermercado por meio de mensagens no Whatsapp, e induziam funcionários do setor financeiro a realizar múltiplas transferências via PIX.
Ainda segundo a Polícia Civil, o líder e cérebro da organização criminosa operava em Cuiabá (MT). Para tentar se desvincilhar de pistas sobre o esquema, o dinheiro subtraído era distribuído em contas de 18 beneficiários diferentes para dificultar o rastreio, técnica usado de lavagem de dinheiro.
Mandados e Apreensões
Com base nas provas, a 2ª Vara Criminal de Boa Vista autorizou o bloqueio de bens e contas bancárias de 18 envolvidos, além de quatro mandados de busca e apreensão em Cuiabá. Durante a ação, foram apreendidos:
Veículos: Um Chevrolet Tracker (R$ 111 mil) e uma VW Amarok (R$ 98 mil), comprados logo após o crime.
Notícias Relacionadas
Equipamentos: 47 chips telefônicos, 14 celulares, um notebook e uma CPU.
Estratégia: O grupo utilizava múltiplos chips para evitar a localização pelas autoridades.
Outras Vítimas e Alertas
Além do supermercado, a quadrilha tentou aplicar golpes usando perfis falsos de figuras políticas conhecidas em Roraima para ganhar credibilidade. A polícia emitiu alertas públicos para prevenir novas vítimas dessas abordagens.
O delegado responsável, Thiago Alexandre, destacou que o estelionato eletrônico hoje exige uma atuação interestadual e o uso de inteligência avançada. “A organização era estruturada e exigiu uma investigação minuciosa para rastrear a ocultação dos valores ilícitos”, afirmou. A operação reforça a integração entre as secretarias de segurança de Roraima e Mato Grosso no combate ao crime organizado tecnológico.
