Presos se rebelam depois de alimentação não chegar à Pamc

Por volta das 12h de ontem, dia 2, detentos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) iniciaram um tumulto por conta da falta de alimentação. Segundo uma fonte da Folha, as marmitas não chegaram ao presídio na segunda-feira. Inconformados e com fome, os presos iniciaram o motim. A Folha apurou que falta comida com frequência aos presos.

Batendo nas grandes com pedaços de ferro e madeira, os presos se rebelaram diante da revolta por não terem o que comer. Homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), incluindo o Choque da Polícia Militar, conseguiram entrar no presídio juntamente com agentes penitenciários e conter os rebelados, bem como acalmar os ânimos dos internos.

Familiares de presos da Pamc denunciaram à Folha que, ontem, os detentos não receberam almoço e nem café da manhã. Conforme a denúncia, a falta de alimentação ocorre constantemente. “Ele cortam a alimentação dos internos sendo que este direito era um dos únicos que ainda estava sendo cumprido, pois os atendimentos jurídicos, de saúde, odontológico e todos os outros direitos garantidos na lei viraram lenda há muito tempo” informou uma denunciante.

Segundo uma agente penitenciária, que preferiu não ser identificada, a falta de alimentação causou tumulto entre os presos. “A informação que recebemos é que a alimentação não veio devido à falta de pagamento, em protesto os presos causaram tumulto batendo nas grades, mas a situação já foi controlada”, disse.

Outra reclamação dos familiares está relacionada à falta de funcionários para atender os visitantes que levam o ‘sacolão’ para os presos. “A maioria dos familiares são as mães dos detentos, senhoras de idade que chegam ao local por volta das 5 horas da manhã para enfrentar uma fila interminável. No local não há lugar para sentar, não tem banheiro, é apenas um galpão e, muitas vezes, não conseguimos entregar os alimentos para os detentos”, disse uma das denunciantes.

OUTRO LADO – A reportagem da Folha fez alguns questionamentos à Sejuc, que em nota disse que adotou juntamente com a Secretaria da Fazenda as medidas administrativas cabíveis e o fornecimento de refeições para reeducandos do sistema prisional foi normalizado. No entanto, não quis falar sobre a motivação do tumulto. (J.B)