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Policiais se unem para cuidar de bebê que estava em situação de abandono

Policiais se unem para cuidar de bebê que estava em situação de abandono Policiais se unem para cuidar de bebê que estava em situação de abandono Policiais se unem para cuidar de bebê que estava em situação de abandono Policiais se unem para cuidar de bebê que estava em situação de abandono

Na madrugada dessa segunda-feira, 18, uma criança de um ano e seis meses foi resgatada de uma residência na qual vivia em situação de abandono. O resultado da ação foi uma junção de esforços de policiais militares, policiais civis, Instituto de Medicina Legal (IML) e Conselho Tutelar.

O comandante da guarnição, sargento Manoel Freire, explicou como tomaram conhecimento do caso. “Estávamos de serviço, atendendo uma ocorrência de Maria da Penha, pois a Polícia Civil estava com deficit de pessoal e a delegada solicitou nosso apoio a essa ocorrência que já tinha chegado ao 5° DP. Nosso trabalho foi cuidar da criança, levando-a até o IML para fazer o exame de corpo de delito”, revelou.

O sargento ainda acrescentou que dentre os componentes da equipe, o soldado Esbell foi o que ficou responsável por acalentar o menino. “É um policial diferenciado e eu pedi para ele cuidar da criança enquanto fazíamos a outra parte do trabalho, e foi o que aconteceu. A ocorrência foi em conjunto com a Polícia Civil. Enquanto isso, tiramos as fotos e postamos nas redes sociais, pelo fato de o policial ter carinho por crianças e foi uma forma de demonstrar o afeto, o amor e a dedicação dele. A tenente Adriane passou mais de uma hora com a criança na viatura e chegou a trocar a fralda do menino”, esclareceu.

Por fim, sargento Freire comentou que se trata de uma ocorrência dignificante porque as equipes contribuíram com a criança inocente e indefesa. “Fico feliz pelo fato de vocês estarem enaltecendo o trabalho da Polícia Militar. As coisas ruins são relatadas logo, e das coisas boas, ninguém quer falar. Vale ressaltar que o responsável pela criança foi conduzido à Delegacia e que ficamos cuidando do menino até a chegada de um conselheiro tutelar, para quem entregamos”, frisou.

O CASO – A delegada Eliane Gonçalves detalhou o caso e disse que a criança foi deixada na casa do avô, pela mãe, há mais de 30 dias, segundo a vizinhança e uma testemunha. “Essa criança chora dia e noite de fome. Conforme os vizinhos, o avô é usuário de drogas e ingere bebida alcoólica e alguns dias atrás, a criança teria ingerido um copo de cachaça que o avô deixou sobre um banco. Esse senhor também tem um filho de 14 anos que toma medicamento controlado e fica revoltado ao ver o pai usando drogas e consumindo bebida alcoólica, o que faz com que entrem em conflito”, explicou.

A testemunha relatou para a autoridade policial que o avô faz o mingau para a criança logo cedo da manhã e durante todo o dia o menino fica sem ter o que comer. “A PM constatou a denúncia e levou a criança para a Delegacia. Diante do desespero e a necessidade de submetê-la logo ao exame de corpo de delito para fazer o encaminhamento, juntamente com o Conselho Tuletar, para então ser levada para o abrigo infantil, agilizamos todo o processo. Era preciso alimentar, dar banho porque é um menino bem pequeno”, enfatizou a delegada.

Como todo o fato se concentrou no período da madrugada, segundo a autoridade policial, nenhum conselheiro tutelar retornou à Central de Flagrantes para informar qual o destino da criança, por isso não se sabe se foi levada para o abrigo ou se algum parente que pudesse receber o menino foi localizado. “Mas eu falei para a conselheira que se existisse algum parente em condições psicológica, emocional e financeira, já teria tomado ciência da situação, porque a criança está há muito tempo vivendo assim”, reforçou.

Participaram da ação os policiais militares: Ryan Esbell Vieira; Elierbeth Serafim; Manoel Freire de Lima; Daniela Adriane Severo; Rozieldo Nascimento de Oliveira; Claudionor Silva Monteiro; Eudes Costa Lima e a agente de Polícia Civil Alberlane Teixeira Brandão, além da delegada Eliane Gonçalves. Populares elogiaram o trabalho dos envolvidos na ocorrência e pediram reconhecimento mediante menção honrosa pela dedicação e forma humanizada com que conduziram o fato. (J.B)

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