Na manhã desta quarta-feira, 30, policiais militares iniciaram uma operação que inclui revista e segurança dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na zona rural de Boa Vista. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) afirma que se trata de uma operação de rotina, envolvendo efetivo da Polícia Militar, Polícia Civil, Divisão de Captura (Dicap), agentes penitenciários e diretores das unidades prisionais.
O objetivo é neutralizar e desarticular quaisquer possibilidades de ataque à população, a mando de integrantes de facções criminosas. Foram encontradas cerca de 40 armas brancas improvidas com vergalhões e outros tipos de ferro, martelo, chaves de fenda, celulares, dinheiro e anotações do crime.
Com a informação de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) daria uma festa de “aniversário”, cuja intenção seria aumentar o número de mortos em relação ao último massacre, quando 33 detentos foram brutalmente assassinados, em janeiro deste ano, as autoridades envolvidas no sistema de segurança decidiram desencadear a operação.
A Sejuc explicou, por meio de nota, que a operação teve duração de 72 horas e não está descartado emprego de outras medidas, inclusive transferência de detentos. Na manhã desta quarta-feira, 30, a ação contou com a participação de policiais militares da Força Tática, Canil, Choque, Companhia Independente de Policiamento de Guarda (CIPG), Grupamento Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), além de policiais do 1º e 2º Batalhões.
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PARALELO – Paralelo à varredura no presídio, a Polícia Civil de Roraima, continua fazendo buscas na tentativa de localizar sete detentos que desapareceram da unidade prisional em abril deste ano. Os sete presos da Pamc foram dados como foragidos no dia 24 de abril. A suspeita era de que eles teriam fugido por um buraco em uma das celas próximo à carceragem da unidade prisional, mas familiares dos presos denunciaram que eles sumiram e que poderiam ter sido executados.
ANIVERSÁRIO – Todos os anos, no dia 31 de agosto, o PCC comemora o aniversário de fundação da facção e costuma festejar a data com ordens de execução e crimes de grande repercussão, como fugas. Por isso, a preocupação com reforço da segurança em Roraima.
Em 2017, a facção completa 24 anos. Historicamente, a facção paulista tem maioria no Estado. O sistema penitenciário não divulga os números por questão de segurança, mas, segundo um levantamento feito junto a fontes ligadas ao sistema de segurança pública, de toda a população das prisões do Estado ao menos 90% são membros declarados ou simpatizantes do PCC. (J.B)
