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Polícia prende homem suspeito de estuprar menino de cinco anos

Indígena de 24 anos teria estuprado a criança em agosto do ano passado, quando caso foi registrado

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Agentes do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NPCA), da Polícia Civil, prenderam na manhã de ontem, dia 7, o indígena G.C.L., de 24 anos, em cumprimento a mandado de prisão decorrente da prática do crime de estupro. Conforme a investigação, os abusos aconteciam na casa da família da vítima, um garoto de cinco anos.

O fato aconteceu no dia 15 de agosto, mesmo dia em que o Boletim de Ocorrência (B.O) foi registrado pela família. O indivíduo conseguiu se esconder por quase seis meses até ser preso.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Eliane Gonçalves, a mãe da vítima deu morada para o suspeito por quase um ano, por ter se compadecido com o fato de ele ser homossexual e alegar que na comunidade indígena era maltratado, vindo morar em Boa Vista. Durante o período de acolhimento da família, o homem auxiliava nas obrigações domésticas, cuidava das crianças e tinha acesso a todas as atividades da residência.

Quando o crime ocorreu, a mãe da criança registrou o Boletim de Ocorrência (B.O) e imediatamente a criança foi levada para o Hospital da Criança para receber atendimento médico especializado e, em seguida, ao Instituto de Medicina Legal (IML), onde foi feito o laudo que atesta que as partes íntimas tinham sido violadas. Todo o procedimento foi acompanhado pela delegada, que contou à Folha que as partes íntimas da criança estavam extremamente machucadas.

“A mãe viu a criança andando com muita dificuldade e reclamando que estava doendo demais o bumbum e ela foi olhar e descobriu o que tinha acontecido. É um menino muito inteligente, conversa muito bem e soube explicar certinho como a coisa aconteceu. Falei com ele várias vezes, de maneiras diferentes, inclusive as psicólogas também e tudo confirmou. A Polícia suspeita que a criança já tenha sido abusada outras vezes, uma vez que as lesões eram marcantes, com regiões roxas”, destacou Eliane Gonçalves.

Abusador fugiu para não ser preso e contou com o apoio de familiares

Ao saber que a mãe da vítima iria à delegacia denunciá-lo, o suspeito juntou seus pertences e fugiu, e desde então esteve na condição de foragido da justiça. “Em nenhum momento ele nos procurou para contar a versão dele, pelo contrário, preferiu fugir. Quando soube da situação, a mãe ficou desesperada, correu com o menino para a Delegacia, depois fomos ao Hospital da Criança e por último no IML, para fazer o exame específico. Enquanto isso, o abusador arrumou seus pertences e fugiu”, contou a delegada Eliane Gonçalves.

Segundo a delegada, a família do suspeito esteve várias vezes na Vara da Infância e Juventude para tentar um habeas corpus, a fim de reverter o mandado de prisão que foi deferido pela Justiça. Com o mandado em mãos, as equipes fizeram diversas buscas, mas não obtinham sucesso nas tentativas, considerando que o elemento mudava-se de um município para outro, de interior e de fazenda.

PRISÃO – Às 4h da madrugada de ontem, os agentes de Polícia deixaram a Capital e foram até o local onde o indígena se escondia, numa fazenda, na região do município de Alto Alegre, a centro-oeste do Estado. Coincidentemente o abusador foi visto e identificado durante uma investigação de outro caso.

A delegada destacou que a família do indivíduo mentia sobre seu paradeiro, o que também dificultou as buscas. O homem está com o braço sustentado por uma “tipoia” improvisada, afirmando que é consequência de uma queda de moto. Com medo de ser preso, o elemento sequer procurou tratamento para o braço.

Após o procedimento na Delegacia, a equipe do NPCA levou o acusado ao Hospital Geral de Roraima (HGR) para fazer um raio-x e confirmar se o membro está quebrado. “Estava faltando cumprir o mandado, vou aproveitar a oportunidade para interrogar ele antes de encaminhá-lo ao exame de corpo de delito e, posteriormente, será recolhido na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc). Meu sentimento é de dever cumprido. Eu não estava conseguindo prendê-lo, todos os dias eu pensava nisso”, comentou a delegada. (J.B)

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