Na manhã desta quarta-feira (12), a Polícia Civil de Roraima deflagrou a Operação Fogo Azul, com o objetivo de combater um suposto cartel no mercado de revenda de gás de cozinha na capital. A ação, coordenada pela Delegacia de Defesa do Consumidor (DDCON), cumpriu três mandados de busca e apreensão em residências e na sede da Associação de Revendedores de Gás de Cozinha do Estado de Roraima (ASSERG).
As investigações tiveram início após denúncia de um vendedor de gás, que disse ter sido coagido a adotar a um preço fixo para a venda do botijão P-13. Segundo o delegado titular da DDCON, Rodrigo Gomides, os revendedores participantes da suposta máfia teriam pactuado o valor único de R$ 139,90, impedindo a livre concorrência e prejudicando os consumidores. A prática teria começado em setembro de 2024, coincidindo com a fundação da ASSERG.
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“O denunciante relatou que, ao discordar do preço fixo e sair de um grupo de WhatsApp onde o valor era discutido, foi ameaçado pelos demais revendedores”, explicou Gomides. Ele destacou que os investigados chegaram a ameaçar economicamente quem não aderisse ao esquema.
Durante as buscas, foram apreendidos celulares, pen-drives e notebooks, que serão periciados para análise de conversas e documentos que possam comprovar a manipulação de preços.
Além disso, as investigações revelaram que dois dos principais investigados, S. P. S. S. e F. A. S., ocupam cargos públicos na Prefeitura de Boa Vista e, ao mesmo tempo, administram empresas privadas, o que é proibido pelo Estatuto do Servidor Público Municipal
O que disse a Prefeitura
Em nota, o Executivo afirmou que a Procuradoria-Geral do Município informou que, até o momento, não tem conhecimento da investigação da Polícia Civil. Assim que notificada formalmente, poderá se manifestar.
