RORAIMA

PF prende três suspeitos de direcionar licitação de quase R$ 1 mi na Prefeitura de Caroebe

Acusados já foram liberados pela Justiça para responder por cinco crimes, incluindo fraude licitatória. Na PF, eles permaneceram em silêncio

Prefeitura de Caroebe
Sede da Prefeitura de Caroebe (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

A Polícia Federal (PF) prendeu, em flagrante, três suspeitos de participar de possível esquema de fraude em uma licitação de R$ 900 mil da Prefeitura de Caroebe, cidade do Sul de Roraima. Eles seguiram para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), mas já foram liberados pela Justiça Federal.

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Além da fraude licitatória, os dois servidores da Prefeitura e o empresário vão responder em liberdade por:

  • Associação criminosa;
  • Emprego irregular de verba pública;
  • Falsidade ideológica; e
  • Fraude processual.

De acordo com a PF, a investigação iniciou após denúncia que apontava irregularidades no processo licitatório, incluindo direcionamento da licitação para uma empresa que possuía vínculos com o pregoeiro.

No entanto, durante o interrogatório na PF, em Boa Vista, os acusados permaneceram em silêncio por não saberem o teor completo das acusações.

Extraoficialmente, a Prefeitura de Caroebe defendeu a legalidade da licitação, que não compactua com os crimes citados e avalia que foi pega de surpresa com as prisões. À noite, a gestão divulgou uma nota de esclarecimento no Instagram.

O pregão

As prisões foram nessa quarta-feira (30), durante um pregão presencial. A licitação visava a compra de pneus e câmaras de ar destinados à frota de veículos das secretarias municipais de Agricultura, de Infraestrutura e de Obras e Assistência Social.

O aviso da licitação data de 9 de abril. O comunicado informa que o edital e os anexos do pregão estavam disponíveis na Comissão Permanente de Licitação (CPL), na sede da Prefeitura. Portanto, não havia acesso online aos documentos.

A Folha apurou que, no pregão dessa quarta, três agentes e uma delegada da PF acompanharam o pregão em todas as suas fases, incluindo a última proposta ofertada, de cerca de R$ 700 mil.

O pregoeiro suspendeu o processo presencial após receber o questionamento da habilitação de uma empresa.

Nesse momento, a delegada decidiu conduzir o pregoeiro, a assistente e dois empresários concorrentes para prestar esclarecimentos na PF. Assim, o pregão não terminou.

Foi na sede da corporação que ela decidiu autuar três deles em flagrante pelos cinco crimes. Um dos empresários acabou como testemunha.

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