OPERAÇÃO JEREMIAS 22:17

Empresário da música é preso pela PF por suposto elo com milícia no garimpo em Roraima

Polícia Federal diz que grupo é responsável por escoltar cargas de minérios extraídos ilegalmente da Terra Indígena Yanomami

O empresário Matheus Possebon durante sua fase de cantor (Foto: Arquivo pessoal)
O empresário Matheus Possebon durante sua fase de cantor (Foto: Arquivo pessoal)

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (22), o empresário do ramo musical Matheus Possebon por suposto elo com uma milícia responsável por escoltar cargas de minérios extraídos ilegalmente da Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

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Em 2023, Possebon e o cantor Alexandre Pires, seu então cliente, foram alvos de operação Disco de Ouro, que investiga um suposto envolvimento deles com um grupo criminoso que movimentou mais de R$ 250 milhões do garimpo ilegal. Ambos romperam a parceria após o avanço da investigação.

A Folha aguarda o retorno da defesa do suspeito.

Dessa vez, a operação Jeremias 22:17 cumpre 13 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária contra suspeitos de sequestrar e torturar um autônomo em Caracaraí, em 2023.

Entre os presos, estão: o policial militar de Roraima, Jan Elber Dantas Ferreira, e a vereadora de Caracaraí, Adriana Sousa dos Santos (Republicanos), a Adriana da Civil. Pires não é alvo dos mandados de hoje.

De acordo com a investigação, os agentes cometeram o crime para forçar a vítima a indicar o destino de uma carga de cassiterita, minério conhecido como “ouro negro”. O ato também teria o apoio de policiais de Roraima.

Segundo a PF, além da escolta de minérios, o grupo dos acusados prestaria serviços de segurança clandestina e apuraria a ocorrência de roubos de cargas de forma paralela à atuação estatal.

A Justiça Estadual autorizou as ordens judiciais, a serem cumpridas em Roraima, AmazonasBahiaSão Paulo e Rio Grande do Sul.

O caso é investigado pela Promotoria de Caracaraí. A PF ainda não divulgou a quantidade total dos mandados já cumpridos.

Folha ainda não localizou as defesas dos demais investigados. O espaço está aberto para manifestação.

A PF batizou a Operação Jeremias 22:17 em alusão à referência bíblica que diz: “Mas os teus olhos e o teu coração não atentam senão para a tua ganância, e para derramar o sangue inocente, e para levar a efeito a violência e a extorsão.”

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