Polícia

Operação para localizar arma usada para matar empresário é deflagrada

Cinco pessoas já foram presas e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos

Com o objetivo de localizar uma pistola 9 milímetros usada para matar o empresário e corretor de imóveis Zirley Cléber Barros, de 47 anos, foi realizado o desdobramento da operação “Terra de Ninguém”, nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira, 17. O trabalho ainda está em andamento.

De acordo com a Polícia Civil, durante a ação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, em oito endereços pertencentes aos cinco infratores do homicídio que já estão presos. 

O homicídio ocorreu no dia 30 de janeiro deste ano, no bairro Mecejana. Cinco pessoas apontadas como executoras do crime já estão presas. 
A ação percorreu os bairros Cruviana, Jardim Equatorial, Tancredo Neves, Liberdade, Alvorada, Treze de Setembro e São Bento. 

A operação de hoje foi coordenada pela diretora em exercício do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), delegada Miriam Di Manso. Sua primeira fase foi lançada no dia 20 de março, com o objetivo de cumprir dois mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão.

Leia Mais 

Corretor de imóveis é morto a tiros durante caminhada em Boa Vista

Dois são presos em operação que investiga morte de corretor de imóveis

DESDOBRAMENTO E PRISÕES

A delegada Miriam Di Manso ressaltou que após a análise do material apreendido na operação do dia 20 de março, as investigações tiveram desdobramento e, desde então, cinco pessoas foram presas por força de mandados de prisão preventiva, apontadas como envolvidas na morte da vítima.

Foram presos:  A. L. C., de 21anos, W. F. F. T, de 30 anos, H. M. A., de 26 anos, W. M. A., de 28 anos e F. W. S. P., de 27 anos.

As investigações apontaram que todos os cinco homens foram pessoas contratadas e são os executores da vítima Zirley Cléber Barros.

“Todos eles tiveram um papel na execução do crime. Dois foram contratantes, que forneceram a arma do crime e o valor do pagamento ao atirador e os demais prestaram apoio logístico, levando o atirador ao local e, logo após, dando fuga a ele. Esses cinco homens já estão presos”, destacou a delegada.

Um deles, A. L. C., além de ter sua prisão formalizada em virtude do mandado de prisão, contra ele foi lavrado um APF (Auto de Prisão em Flagrante) por tráfico de drogas, no dia 23 de março.

A delegada informou que no momento em que os policiais faziam o monitoramento para localizar o investigado, perceberam quando ele chegou em sua casa, no bairro Cruviana e, durante a abordagem, foi apreendido em seu poder um quilo de pasta base de cocaína.

“Além da prisão preventiva decretada em desfavor dele pela autoria no homicídio, a Polícia Civil o prendeu em flagrante por crime de tráfico de drogas, que não era, inicialmente, o nosso foco, mas o crime estava sendo praticado naquele momento e nossos policiais agiram e o prenderam em flagrante delito”, destacou a delegada.


Momento de uma das buscas (Foto: Polícia Civil) 

CAUSAS DA EXECUÇÃO

A execução do empresário ocorrida em Roraima pode estar relacionada à negociação ilícita de terras públicas, “esquentadas” mediante a prática de fraude documental em processos de regularização fundiária, nos estados de Roraima e Amazonas. Os investigados teriam movimentado milhões de reais entre os estados de Roraima e do Paraná no curto espaço de um ano. 

As investigações apontam que o crime pode ter sido orquestrado, isolada ou conjuntamente, pelo grupo de investigados que é composto por empresários.

OPERAÇÃO TERRA DE NINGUÉM – O nome usado para a operação, Terra de Ninguém, remete a um termo empregado para designar um território não ocupado ou, mais especificamente, um território sob disputa entre partes que não o ocuparam por medo ou incerteza. O termo é uma derivação da expressão da língua inglesa “no man’s land” criada durante a Primeira Guerra Mundial, podendo também se referir a local onde não há ordem ou regras.

A operação integrou policiais subordinados ao DHPP, DOPES (Departamento de Operações Especiais), DPJC (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Denarc (Departamento de Narcóticos), DPE (Departamento de Polícia Especializada) e DPJI (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) e o GRI (Grupo de Resposta Imediata).