SISTEMA PRISIONAL

Estrangeiros presos no Brasil já somam 2,6 mil; Roraima lidera com venezuelanos

Número de estrangeiros presos em Roraima chega a 449

 (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
(Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O número de estrangeiros presos no Brasil aumentou nos últimos quatro anos, passando de 1.847 em 2021 para 2.602 em 2024, de acordo com dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais. A maior parte dessa população carcerária é composta por cidadãos de países vizinhos: Paraguai (492), Venezuela (486) e Bolívia (408). Entre os detentos estrangeiros, 91% são homens.

A maioria dos venezuelanos encarcerados no Brasil, estão nos presídios de Roraima, conforme informou a Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejuc). De acordo com a Sejuc, o sistema prisional de Roraima abriga atualmente 449 estrangeiros cumprindo pena em unidades do Estado.

Segundo os dados repassados pela Sejuc, dos 449 estrangeiros presos, 419 são venezuelanos. A presença massiva de cidadãos do país vizinho reflete o fluxo migratório intenso para Roraima nos últimos anos, motivado pela crise humanitária na Venezuela.

Além dos venezuelanos, há detentos da Guiana (17), Colômbia (6), Cuba (3), Suriname (1), Romênia (1), Espanha (1) e Panamá (1). Os estrangeiros estão distribuídos em diferentes unidades prisionais, com destaque para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), que abriga 273 deles.

Confira a distribuição por unidade:

  • Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC): 273
  • Cadeia Pública Masculina de Boa Vista (CPMBV): 39
  • Cadeia Pública Feminina de Boa Vista (CPFBV): 30
  • Centro de Progressão Penitenciária (CPP): 13
  • Casa do Albergado de Boa Vista (CABV): 59
  • Unidade Prisional de Rorainópolis (UPRR): 6
  • Centro de Monitoração Eletrônica (CME): 29

Principais crimes cometidos por estrangeiros

A Sejuc informou ainda que os principais crimes cometidos pelos estrangeiros são tráfico de drogas, associação para o tráfico e crimes contra a vida.

A presença de facções venezuelanas em Roraima é evidenciada pelo número de assassinatos entre migrantes registrados nos últimos meses. Um levantamento feito com base em reportagens da FolhaBV, em apenas 10 dias, quatro venezuelanos foram mortos em ataques a tiros.

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