Um crime ocorrido anteontem chocou os moradores da comunidade indígena de Xumina, na região da Raposa, em Normandia, município a 190 quilômetros da Capital, pela BR-401, Leste do Estado. Parentes encontraram o corpo da aposentada Creuza Raposo Diogo, de 65 anos, sem as batatas das penas e sem uma das coxas. Parte do peito da idosa estava queimado e na cabeça havia marcas de pauladas.
O filho da vítima, o professor Nilton Raposo Diogo, de 43 anos, conversou, no final da tarde de ontem, com a Folha na frente do Instituto Médico Legal (IML), e deu detalhes do ocorrido. Ele lembrou que a mãe, anteontem, à tarde, havia saído com o pai dele para trabalhar na roça. “No final da tarde, os dois retornaram para casa. Mas meu pai pegou um caminho e minha mãe pegou outro. Foi quando meu pai chegou, mas minha mãe não”, disse.
Os filhos e parentes então saíram atrás de Creuza. Ainda na região, segundo o professor, um menino chamou um dos parentes e mostrou o local onde estava o corpo. “Tiraram parte das batatas e coxa da minha mãe e tocaram fogo no peito dela. Uma barbaridade! Queremos Justiça!”, pediu o filho.
A família desconfia de um possível latrocínio, que é o roubo seguido de morte, pois a vítima estava sem o relógio e sem os brincos. Policiais civis de Normandia também estavam ontem, à tarde, acompanhando o exame cadavérico no IML. O caso já está sendo investigado.
O corpo da aposentada será velado e sepultado na comunidade de Xumina. “Só pedimos Justiça. Que a polícia prenda quem fez isso com minha mãe”, lamentou o professor.
Até o encerramento da matéria, às 18h20, os médicos legistas não haviam informado a causa da morte de Creuza. A Folha entrou em contato telefônico, na noite de ontem, com o delegado de Normandia, Trajano Júnior. Ele disse que iria conversar com os familiares da vítima para iniciar as investigações.
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