K.N.F.D.S., de 39 anos, acusada de drogar e estuprar uma menina de 11 anos, foi presa no município de Rorainópolis, nessa terça-feira, 29. O marido dela, L. K. A. acusado de envolvimento no crime está foragido.
Durante as diligências, a Polícia Civil também apurou que há indícios de que outras crianças da família da investigada estão sendo vítimas de abuso sexual, inclusive suas netas. Algumas delas estariam em abrigos em Boa Vista, enquanto uma estaria a caminho de Rorainópolis, vinda de Manaus. Há suspeita de envolvimento de outros membros da família, como padrastos e tios, com a possível conivência de mães e da avó.
Segundo o delegado Rick Silva, as investigações apontaram que o casal mantinha relação de amizade com a família da vítima.
CRIME
No final de dezembro de 2024, a mulher convidou a menina e seus irmãos para passarem alguns dias em sua casa, oportunidade em que os abusos ocorreram. Durante esse período, a criança foi drogada e violentada sexualmente em diversas ocasiões, tanto pelo homem quanto pela própria K.N.F.D.S.
Em um dos episódios relatados, a mulher ofereceu à menina um suco de limão, que teria sido adulterado com alguma substância. Mesmo alertada pela irmã de que a “tia havia colocado um remédio na bebida”, a criança ingeriu o líquido, adormeceu e, ao acordar, percebeu que estava sem calcinha. Durante a madrugada, foi estuprada pelo homem, que colocou uma faca em seu pescoço e a ameaçou de morte caso ela gritasse. Ele ainda exibiu um facão, um terçado e outra faca, dizendo que usaria cada uma das armas para matá-la e esquartejá-la.
Enquanto o crime era cometido, K.N.F.D.S. assistia à cena, tampava a boca da vítima para que ela não gritasse e, também, praticava atos sexuais com a criança. Os abusos ocorreram mais de uma vez durante a estadia da menina na casa do casal.
Ainda segundo o delegado, tempos depois, a vítima criou coragem e contou à mãe o que havia acontecido. A família, então, foi tirar satisfação diretamente com o casal. O homem conseguiu fugir pela janela, enquanto K.N.F.D.S., inicialmente, tentou isentar-se da culpa, alegando que foi coagida pelo marido. No entanto, acabou confessando os crimes e pediu desculpas à mãe da vítima. Durante o confronto, houve uma briga, na qual a acusada pegou um martelo, quebrou objetos em casa e ameaçou incriminar a mãe da vítima. A mulher reagiu com uma faca e feriu a mão da acusada em legítima defesa.
Ainda segundo o delegado, na ocasião, uma guarnição da PMRR (Polícia Militar), que realizava patrulhamento ostensivo foi abordada pela família da vítima no dia 11 de março deste ano, quando os crimes foram denunciados formalmente.
Diante da gravidade e da natureza hedionda dos crimes, o delegado Rick da Silva e Silva representou pela prisão preventiva de ambos os envolvidos, que foi deferida pela Justiça.
O mandado contra a mulher foi cumprido na sede de Rorainópolis. Ela foi conduzida à sede da Delegacia para a formalização dos procedimentos e apresentada em audiência de custódia. A mulher teve a prisão homologada e foi encaminhada ao Sistema Prisional. O homem continua foragido, e as buscas seguem sendo realizadas.
“Estamos diante de crimes bárbaros, praticados com extrema frieza e perversidade. A PCRR continuará atuando com firmeza para localizar o foragido e responsabilizar todos os envolvidos, inclusive aqueles que, por omissão, contribuíram para a manutenção desse ciclo de violência”, destacou o delegado Rick da Silva e Silva.
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