POLÍCIA PENAL

MP abre investigação sobre denúncia de tortura contra policial penal

Vítima pediu a apuração do caso por entender que foi desclassificado da capacitação por perseguição em virtude de relatórios que produziu sobre falhas no sistema prisional

Sede do Ministério Público de Roraima, no bairro São Pedro, em Boa Vista (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Sede do Ministério Público de Roraima, no bairro São Pedro, em Boa Vista (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O Ministério Público de Roraima (MPRR) abriu um procedimento interno para apurar a suposta tortura praticada contra o policial penal A.S.M.J. durante o Curso de Escolta Tática Prisional da corporação. A vítima pediu a investigação do caso por entender que foi desclassificado da capacitação por perseguição em virtude de relatórios que produziu sobre falhas no sistema prisional.

A promotora Lara Von-Held Cabral Fagundes deu dez dias para a corregedoria da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) e a Polícia Civil (PCRR) – que também receberam a denúncia – prestarem esclarecimentos sobre as medidas que adotaram para apurar o caso.

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Em despacho, Lara Von-Held considerou que a equipe que coordena o curso de escolta é próxima da cúpula da Sejuc, o que poderia comprometer a investigação sobre a denúncia.

A promotora ainda declarou que A.S.M.J. poderá apresentar um mandado de segurança à Justiça para pedir reintegração imediata ao curso do qual foi desclassificado, supostamente, sem justificativa legal.

Quando a denúncia veio à tona, a Sejuc defendeu a coordenação do Núcleo Pedagógico da pasta, ao informar que ela atua em total conformidade à doutrina e às regulamentações relacionadas para garantir o aprimoramento das atividades da Polícia Penal.

Além do MPRR e da PCRR, o denunciante formalizou queixa nos ministérios do Trabalho (MPT) e da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Ele também aponta crimes como abuso de autoridade e lesão corporal nas denúncias.

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