O juiz Phillip Barbieux Sampaio decidiu, nessa quinta-feira (4), revogar a prisão de Joner Chagas (Republicanos), 51, ex-prefeito de Bonfim e atual presidente da Associação dos Municípios de Roraima (AMR) e quinto vice-presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
A assessoria do político confirmou em nota, que o alvará de soltura foi cumprido na manhã desta sexta-feira (5), no Hospital Geral de Roraima (HGR), onde o ex-prefeito está internado desde quarta-feira (3), dia em que passou mal, na Cadeia Pública de Boa Vista, com quadro de descontrole da diabetes, desidratação severa e comprometimento renal. Ele seguirá na unidade apesar da decisão judicial.
Chagas estava preso preventivamente desde 27 de novembro após a Polícia Federal (PF) identificar suposta interferência na investigação que apura possível fraude em um contrato de R$ 40 milhões com a Prefeitura de Bonfim para manutenção de vicinais.
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A defesa do ex-prefeito disse que não procede o “risco de fuga” que fundamentou o pedido de prisão preventiva.
“A busca e apreensão realizada pela Polícia Federal não ocorreu na sua residência oficial em Bonfim, onde vive há 20 anos, onde seus filhos estudam e onde possui domicílios eleitoral e empresarial, mas sim em sua casa de apoio em Boa Vista, por isso ele não foi localizado, levando à interpretação equivocada de tentativa de fuga”, pontuou.
Ademais, a equipe de Joner Chagas disse que, no mesmo dia da operação Déjà Vu, a defesa protocolou uma petição junto à PF para se colocar “à disposição das autoridades” e informar que ele estava em sua “moradia habitual, justamente o endereço ignorado pela operação”.
“[O ex-prefeito] se coloca à disposição das autoridades para esclarecer toda e qualquer dúvida a respeito de sua conduta”, completou, em nota.
Joner Chagas é investigado pela PF por suspeita de usar a empresária Mariângela Moletta como “testa de ferro” do vínculo contratual. Ambos já prometeram que vão provar a inocência no caso.
Inicialmente, Joner Chagas começou a cumprir a prisão preventiva na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc). Depois, a Justiça manteve a prisão ao reconhecer a legalidade do ato, mas autorizou a transferência do político para a cadeia.
