O jovem Leon Santiago Silveira de Sousa Cabral, de 19 anos, afirmou em depoimento à Polícia Civil que acreditava estar na preferencial no momento em que colidiu com outro veículo e causou a morte do técnico em telecomunicações Glauber Souza Coutinho, de 43 anos. O acidente ocorreu na última terça-feira (29/7), no bairro União, zona Oeste de Boa Vista, e também deixou uma segunda vítima ferida.
Leon se apresentou à delegacia ontem (1º), três dias após o acidente. Ele foi indiciado pelos crimes de homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, ambos com agravantes por omissão de socorro e fuga do local do acidente, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro.
A investigação conduzida pela Delegacia de Acidente de Trânsito (DAT) apontou que o jovem dirigia em alta velocidade, sem habilitação, e utilizava um carro alugado em nome de terceiros. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que ele invade a via preferencial sem obedecer à sinalização e, após a colisão, abandona o local sem prestar assistência às vítimas.
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“Temos uma sequência de fatores que agravam a situação do investigado: ele dirigia sem habilitação, em alta velocidade, com um carro alugado por terceiros e ainda deixou de socorrer a vítima. São elementos que ampliam sua responsabilidade penal”, afirmou o delegado Eric Pereira, titular da DAT.
Durante o interrogatório, de acordo com divulgação da Polícia, o jovem contou que conduzia o veículo a cerca de 70 km/h e estava a caminho da devolução do carro, já que não havia conseguido alugá-lo em seu nome por estar sem documentos. Disse ainda que, após o impacto, foi retirado do carro por uma pessoa desconhecida, viu uma das vítimas caída, mas alegou não ter percebido que havia provocado o acidente.
Ele também teria afirmado ter se assustado com a movimentação e fugido a pé até a casa de um amigo. De lá, chamou um carro por aplicativo e seguiu para a casa do pai, onde permaneceu até se apresentar à polícia.
Conforme a Polícia, o inquérito está em fase de conclusão e deve ser encaminhado à Justiça após a finalização dos laudos técnicos. O jovem responderá ao processo em liberdade.