No começo da tarde de ontem, dia 23, a Polícia Civil conseguiu prender o homem suspeito de ter matado no domingo, 22, a esposa Joseane Nascimento Pinto, de 30 anos, dentro da residência da família, localizada no Conjunto Pérola, bairro Doutor Airton Rocha, zona Oeste da Capital. O suposto homicida foi encontrado em uma casa no bairro Canaã, por volta das 12h, com a bolsa e o aparelho celular da vítima.
O delegado Cristiano Camapum, da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH), explicou que inicialmente o suspeito negou o crime, mas durante o interrogatório acabou confessando a autoria do homicídio. “o suspeito alegou que matou a vítima na briga após desarmá-la da faca, quando ela tentava matá-lo. A versão do suspeito não foi convincente, pois aparentemente a vítima foi morta em cima de sua cama quando provavelmente dormia. As perícias realizadas esclarecerão estas circunstâncias do crime”, disse.
O corpo foi encontrado pelo pai da vítima depois que ele arrombou a porta da frente da residência, uma vez que tinha recebido informações de que a filha estaria morta dentro do imóvel. Ele disse que o principal suspeito do crime era o genro, pois ele havia brigado com a vítima na manhã do domingo. Depois da discussão, o homem teria saído em uma motocicleta e fechado a casa. O suposto autor do crime chegou a fazer uma ligação anônima para a família da vítima usando o telefone dela.
A faca usada no homicídio ficou ao lado do corpo. A mulher teve o pescoço cortado e a incisão da degola foi tão profunda que cortou as veias arteriais. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou o óbito e informou que a mulher teve lesão cervical considerável, além do trauma na traqueia.
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Policiais que atuam na Delegacia-Geral de Homicídios foram ao local do fato para dar início às investigações e a partir daí elucidar o caso. O Instituto de Medicina Legal (IML) fez a remoção do corpo assim que os peritos concluíram os trabalhos. Na manhã de ontem, 23, o corpo passou por exame cadavérico e foi liberado à família para funeral e sepultamento.
O delegado titular da DGH revelou que policiais militares estiveram no local horas antes de o corpo ser achado, mas como a casa estava fechada e sem sinais de violência pensaram que se tratava de um trote.
Ele esclareceu ainda que as diligências ininterruptas dos investigadores da DGH possibilitaram a lavratura do flagrante. O suspeito foi flagranteado por feminicídio (homicídio qualificado), quando o companheiro mata a companheira em violência doméstica, conforme art. 121, parágrafo 2º, inciso VI do Código Penal Brasileiro (CPB). (J.B)
