Y. M. S. B., de 25 anos, foi preso nesta quarta-feira (27), acusado de estuprar e dilacerar a enteada de 7 anos. O crime ocorreu no dia 6 de agosto na comunidade indígena da Lage, no município do Cantá, e deixou a criança hospitalizada com hemorragia e laceração vaginal. A prisão foi efetuada pela Polícia Civil de Roraima.
De acordo com relatos da mãe, a criança foi encontrada com sangramento vaginal e inicialmente, disse ter se machucado com uma pedra no igarapé, mas no Hospital da Criança foi constatado o estupro. A mulher, então, registrou um boletim de ocorrência.
A investigação, conduzida pela Delegacia do Cantá, revelou que o acusado também estuprou as outras duas enteadas, que hoje têm 12 e 14 anos. As vítimas foram ouvidas e afirmaram que eram ameaçadas para não contar sobre os crimes.
O delegado Ronaldo Sciotti solicitou uma escuta qualificada da vítima, que confirmou a violência sexual e as ameaças. O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontou que o estupro causou hemorragia e colocou a vida da criança em risco.
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O acusado foi preso na casa do pai, na sede do município do Cantá. E segundo o delegado, o mais absurdo da situação foi a explicação inicial do acusado ao crime.
“Ele alegou que estava no igarapé com o “pênis ereto” e que a menina “acidentalmente caiu em cima”. Foi a resposta que ele deu para a mãe das crianças por mensagem e foi a que deu na Delegacia quando o prendemos. Ele foi interrogado por duas vezes. No segundo interrogatório terminou confessando o crime e disse que “não sabe o que lhe aconteceu” para ter feito o que fez. Outro ponto é que negou ter estuprado as outras duas enteadas”.
O homem teve sua prisão formalizada na Delegacia do Cantá e será apresentado nesta quinta-feira, dia 28, na Audiência de Custódia.