Agente da Polícia Federal em Bonfim (Foto: PF)
Agente da Polícia Federal em Bonfim (Foto: PF)

O homem preso pela Polícia Federal (PF) na fronteira com a Guiana foi condenado por chamar uma mulher de “negra de m…” em espanhol e dizer que odeia brasileiros, apesar de ter nascido no Brasil. O caso aconteceu em maio de 2023, em São Paulo.

Conforme apuração da Folha BV, José Segalle Netto teria ofendido a vítima de injúria racial após olhá-la de “alto a baixo”. Uma testemunha disse que, na mesma ocasião, ele teria praticado xenofobia contra brasileiros. A defesa do acusado não foi localizada, mas o espaço está aberto para manifestação.

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Na época, o homem estava desempregado, vivia na rua e não possuía vínculo algum com a comarca paulistana. Ademais, ele dissera à Justiça que pretendia ir para Macapá (AP).

O juiz da audiência de custódia, na ocasião, decidiu soltá-lo, sob medidas cautelares, por ele ser réu primário.

Em 2024, Netto foi condenado a prestar serviços comunitários e multa equivalente a R$ 470,70, uma alternativa à pena de dois anos de prisão em regime inicialmente aberto.

No entanto, em setembro de 2025, a Justiça identificou descumprimento da pena e determinou que ele cumpra a pena original, com revisão em seis meses.

Deportação da Guiana

    A PF encontrou José Segalle Netto nessa quarta-feira (6), no posto avançado da corporação no Município de Bonfim (RR), após ele ser deportado da Guiana. Na ocasião, os agentes identificaram que havia, contra o acusado, mandado de prisão definitiva em aberto, após consulta a sistemas oficiais.

    O homem foi conduzido à superintendência da PF em Boa Vista e, após os procedimentos legais, encaminhado ao sistema prisional estadual. Ele deve ser transferido para São Paulo.