A prisão foi efetuada por agentes da DGH e Deint (Foto: Ascom/PCRR)
A prisão foi efetuada por agentes da DGH e Deint (Foto: Ascom/PCRR)

Um grupo de quatro pessoas venezuelanas, sendo dois homens e duas mulheres, foi preso em flagrante suspeito de envolvimento no homicídio do empresário Francisco Pastor Briceño Fernandez, de 43 anos.  

Para prender o grupo, agentes da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) e Departamento de Inteligência (DEINT) da Secretaria de Segurança Pública (SESP) deflagraram a Operação “Afluência”, nessa segunda-feira, 13.

Foram presos: J.L.D.R., de 37 anos, J.R.P.R., de 33 anos, e as mulheres L.C.G., de 35 anos, e M.J.C.M., 41 anos. As investigações indicam ligação do grupo com tráfico de drogas e associação para o tráfico, além da participação direta no homicídio.

A ação foi coordenada pelo delegado Luís Fernando Zucch Lebed e supervisionada pelo titular da DGH, delegado João Evangelista. Em um apartamento, no bairro Santa Tereza, foram apreendidos um revólver calibre 38 com seis munições intactas, celulares e documentos.

Segundo o delegado, desde o registro do crime, a DGH e o DEINT trabalharam de forma contínua e integrada.

As investigações levaram os policiais a um imóvel no bairro Jóquei Clube, vinculado às mulheres L.C.G. e J.L.D.R., na tarde da segunda-feira, quando os suspeitos foram localizados e presos.

Aí dá segundo o delegado, as investigações apontam que o homicídio foi motivado por uma dívida entre a vítima e a acusada M.J.C.M., referente a uma conversão de moeda que não foi cumprida. O dinheiro teria sido depositado pela vítima e, logo após a transação, ela teria recebido uma ameaça.

O delegado destacou que desde o registro do crime, as equipes da DGH e do DEINT trabalharam ininterruptamente.

“Foram inúmeras as diligências realizadas, com provas substanciais, que levaram à identificação dos envolvidos em menos de 48 horas. A resposta foi rápida e técnica”, disse o delegado.

CRIME

O crime aconteceu no sábado, dia 11, por volta das 18h, na Avenida Brasil, bairro Pricumã. A vítima, que era proprietária de uma agência de viagens, foi morta com múltiplos disparos calibre 380. As investigações apontam que o autor dos disparos foi J.L.D.R., que entrou no estabelecimento usando roupas escuras e boné azul.  Testemunhas relataram que o autor efetuou ao menos seis disparos e fugiu levando o celular da vítima. O ICPDA (Instituto de Criminalística) e o IML (Instituto de Medicina Legal) realizaram os procedimentos periciais.

OPERAÇÃO AFLUÊNCIA

Segundo o delegado, a Operação Afluência é uma sequência de ações realizada pela DGH com o objetivo de combater os crimes praticados por grupos criminosos venezuelanos com atuação em Boa Vista. Já houve uma primeira fase dessa operação que foi desmembrada e finalizada com a prisão do grupo de ontem.

“O inquérito prossegue e novas prisões poderão ocorrer”, completou.

Os quatro suspeitos foram autuados pelos crimes de homicídio qualificado (art. 121, § 2º, IV, do CPB – hediondo), tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006), associação para o tráfico (art. 35 da Lei 11.343/2006), porte ilegal de arma de fogo (art. 14 da Lei 10.826/2003) e dano qualificado ao patrimônio público (art. 163, parágrafo único, III, do CPB). Todos eles foram apresentados nesta terça-feira, dia 14, na Audiência de Custódia. Eles tiveram suas prisões homologadas e convertidas em Prisão Preventiva.