EXERCÍCIO ILEGAL

Falso consultório oftalmológico funcionava na cozinha de residência em Boa Vista

A suspeita fazia os “exames” e os atendimentos na cozinha da casa.

No local, foram encontrados equipamentos oftalmológicos, receitas médicas, anotações de consultas
No local, foram encontrados equipamentos oftalmológicos, receitas médicas, anotações de consultas

Uma mulher foi conduzida à Delegacia de Polícia por se passar por oftalmologista e realizar atendimento clandestino em uma residência no bairro São Bento. A prática irregular foi desarticulada na tarde desta quarta-feira (24), após uma denúncia anônima informando que uma pessoa não habilitada estava fazendo exames e venda de óculos em condições precárias.

Segundo as informações, a suspeita fazia os “exames” na cozinha da casa, e além do dinherio ela pedia 1kg de alimento e ainda realizava a chamada “venda casada” com uma ótica de Boa Vista, prática proibida pelo o Código de Defesa do Consumidor.

Balde com os alimentos que a suspeita pedia dos pacientes. (Foto: Divulgação).

“ As pessoas que eram atendidas nesse falso consultório eram obrigadas a comprar o óculos em uma ótica vinculada a essa optometrista”, explicou o tesoureiro do CRM e oftalmologista, Nazareno Barreto.

O médico destacou que a mulher alegou ser optometrista, que seria o profissional responsável pela avaliação primária da saúde da visão.

“Ao contrário do oftalmologista, eles não possuem qualificação médica para fazer os procedimentos e tratamentos, além disso, no Brasil, optometrista é uma prática ilegal”, acrescentou.

No local, foram encontrados equipamentos oftalmológicos, receitas médicas, anotações de consultas feitas pela suspeita, além de caixas com diversos óculos. O CRM-RR realizou a fiscalização do ambiente e constatou que ele era totalmente nocivo podendo colocar em risco a saúde dos pacientes.

O exame oftalmológico não se resume apenas à verificação de grau, por meio dele é possível detectar diversas doenças graves, pontuou o oftalmologista, Nazareno Barreto.

“É fundamental que a população tenha consciência do perigo de realizar esse tipo de exame com pessoas não habilitadas, sem conhecimento científico e em condições totalmente inadequadas” alertou.

O esquema de atendimento oftalmológico clandestino foi desativado por meio de uma operação conjunta entre a Sociedade Roraimense de Oftalmologia, Conselho Regional de Medicina do Estado de Roraima (CRM-RR) e Polícia Civil de Roraima.

Os envolvidos foram encaminhados para o 5º Distrito Policial para prestar depoimento e os equipamentos e objetos encontrados na casa foram apreendidos.

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