Em audiência de custódia na noite desta sexta-feira (1º), a juíza eleitoral Noêmia Cardoso Leite de Sousa decidiu soltar o ex-prefeito de Iracema, Jairo Ribeiro, para responder ao processo em liberdade.
O político chegou a ser preso pela Polícia Federal (PF) após a corporação encontrar, com ele, lista de possíveis eleitores, R$ 4 mil em espécie e até um veículo Toyota SW4 o qual o ex-gestor não conseguiu comprovar como o adquiriu.
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Para a PF, há indícios de crimes de corrupção eleitoral, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
No entanto, a magistrada não viu hipóteses de flagrante para os casos e, portanto, relaxou a prisão do suspeito sem medidas cautelares.
A defesa de Jairo Ribeiro foi feita pelos advogados Henrique Sadamatsu e Samuel Lopes. Sadamatsu pediu o relaxamento da prisão sem medidas cautelares por não haver justificativa para o flagrante
Ele ainda alegou que o investigado, em um ano de inquérito policial, nunca foi chamado pela PF para prestar esclarecimentos sobre o caso.
Operação Voto de Cabresto
As investigações indicam que o grupo investigado teria distribuído, nas eleições municipais de 2024, R$ 400 mil para eleger candidatos aliados. O dinheiro era enviado por PIX para empresas de fachada.
A PF também identificou o pagamento de valores em espécie a eleitores, que eram coagidos a filmar o momento do voto na cabine de votação, como forma de comprovação.
Outros alvos da Operação Voto de Cabresto incluem a atual prefeita Marlene Saraiva e os vereadores Edmar Braga e Gidalias Assis, todos do Republicanos.