
Um estudante de 15 anos foi agredido dentro do Colégio Estadual Militarizado Maria Mariselma de Oliveira Cruz, em Mucajaí, na terça-feira (9). A família relata que o adolescente levou um soco no rosto desferido por outro aluno após um momento em que a sala estava sem supervisão de professor ou monitor. O jovem ficou desacordado e apresentou lesões na boca e na região dos olhos.
A mãe afirma que não foi comunicada imediatamente pela escola e só tomou conhecimento do episódio por terceiros. Ela também diz ter sido informada de que o atendimento do SAMU teria sido solicitado como caso de “queda”, o que, segundo ela, poderia indicar tentativa de minimizar o ocorrido.
Ao questionar como uma agressão daquele porte teria acontecido dentro de uma unidade militarizada, a mãe relata ter se sentido intimidada por um policial que atua na escola.
O que diz a Secretaria de Educação
Em nota, a Secretaria de Educação e Desporto (Seed) informou que está ciente da e confirmou que houve agressão física entre alunos. Segundo o órgão, o caso foi identificado por meio do sistema interno de monitoramento, e a escola acionou imediatamente o SAMU, que levou o estudante ao hospital devido à gravidade do sangramento. De acordo com com a secretaria, um servidor acompanhou o aluno durante todo o atendimento, e a família foi comunicada ainda no hospital pela Orientação Educacional.
A Seed afirma que a Polícia Militar, a Guarda Civil Municipal e o Conselho Tutelar foram acionados e seguiram o caso após a alta médica. Sobre a informação inicial de “queda”, o órgão disse que se tratou apenas de uma primeira hipótese, descartada assim que as imagens confirmaram a agressão. As informações, segundo a secretaria, foram registradas e encaminhadas aos órgãos competentes.
Em relação ao policial mencionado pela família, a Seed declarou que a atuação ocorreu dentro das atribuições institucionais e que as medidas legais cabíveis já foram tomadas. Denúncias sobre condutas de servidores militares, conforme a nota, são encaminhadas à Corregedoria da Polícia Militar.
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Confira a nota na íntegra:
“A Secretaria de Educação e Desporto informou que está ciente da ocorrência registrada nesta terça-feira, 9, no Colégio Estadual Militarizado Maria Mariselma de Oliveira Cruz, no município de Mucajaí, envolvendo uma agressão física entre alunos dentro da sala de aula. Segundo a gestão da escola, o caso foi rapidamente identificado e apurado com o apoio do sistema interno de monitoramento.
Após a constatação de ferimento em um dos estudantes, a unidade de ensino adotou imediatamente os protocolos de segurança e atendimento, acionando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Em razão da gravidade do sangramento, o aluno foi encaminhado ao hospital local para receber atendimento médico, sempre acompanhado por um servidor da escola. A família do estudante foi comunicada ainda durante o atendimento, por meio da Orientação Educacional da unidade.
Paralelamente, as forças de segurança pública foram acionadas, com o registro de boletim de ocorrência pela Polícia Militar, além do acompanhamento da Guarda Civil Municipal e do Conselho Tutelar, que seguiram o caso inclusive após a alta médica do aluno.
Em relação às alegações de tentativa de ocultação dos fatos, a Secretaria esclarece que houve, inicialmente, apenas uma hipótese levantada diante do sangramento apresentado pelo estudante, mas que foi prontamente esclarecida após a verificação das imagens das câmeras da escola, que confirmaram a agressão. Todas as informações foram devidamente registradas e encaminhadas aos órgãos competentes.
Sobre a atuação do policial mencionada no relato, a Secretaria afirmou que a conduta ocorreu dentro das atribuições institucionais e que as medidas legais cabíveis já foram adotadas, ressaltando que eventuais denúncias envolvendo servidores militares são encaminhadas à Corregedoria da Polícia Militar para análise.
A Seed reforçou ainda que orienta todas as unidades da rede estadual a manter comunicação imediata com as famílias em casos graves ou de violência escolar, bem como acionar os órgãos de proteção, saúde e segurança pública. Por fim, reafirmou seu compromisso com a segurança, a integridade física e emocional dos estudantes e com a transparência na apuração dos fatos ocorridos no ambiente escolar”.