O piloto Armando Palla Júnior e os 51kg de ouro apreendido em seu avião
O piloto Armando Palla Júnior e os 51kg de ouro apreendido em seu avião (Fotos: Divulgação)

A Justiça Federal substituiu a prisão preventiva de Armando Palla Júnior, 57, por medidas cautelares. Ele é o piloto e proprietário da aeronave Beech Aircraft 1981 apreendida pela Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional de Boa Vista com 51,4 quilos de ouro, uma arma de fogo e um carregador com 12 munições.

Assim, o investigado, embora more em Itaituba (PA), está obrigado a cumprir quatro ordens judiciais na casa de familiares em Boa Vista:

  • Informar e manter o endereço certo, telefone e e-mail válidos e atualizados em que poderá ser localizado para futuras intimações;
  • Proibição de mudar de endereço sem prévia autorização judicial;
  • Comparecimento periódico em juízo; e
  • Monitoramento por tornozeleira eletrônica.

O piloto pode voltar à prisão preventiva caso descumpra as ordens. O suspeito é assessorado juridicamente pelos advogados Alex Sarkis, Thaisa Palla, Carlos Vila Real e Edmarcos Gonçalves.

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Thaisa, Vila Real e Sarkis divulgaram nota conjunta para reiterar que o cliente afirma com “veemência” a inocência no caso, e que ele reúne “todas as condições” para responder ao processo em liberdade.

“Armando é profissional da aviação civil, e foi contratado apenas para realizar o voo, sendo importante registrar que não é o proprietário do ouro e nunca atuou em garimpo tampouco integra organização criminosa, sequer sabia que algum passageiro portava arma de fogo. Não houve pouso clandestino, já que o plano de voo foi regularmente registrado”, pontuaram.

Até o momento, seguem presos o empresário Rychael Castro Gonçalves, 32, e o sargento aposentado do Exército Brasileiro, João Heriberto Ferreira dos Santos, 50. O adolescente, por sua vez, foi entregue à mãe no mesmo dia da operação da PF no aeroporto boa-vistense.

Por se tratar de menor infrator, a Polícia Civil (PCRR), que o recebeu, se limitou a lavrar, contra ele, um boletim de ocorrência circunstanciado por ato infracional sem violência ou grave ameaça. O caso foi comunicado à Justiça.

Inclusive, o juiz que soltou Armando Palla colocou o processo em sigilo justamente porque a investigação envolve um adolescente. Os autos foram remetidos ao Ministério Público Federal (MPF).

O grupo responde por crimes como organização criminosa, usurpação de bem da União, crime ambiental e corrupção de menores.