Os números de homicídio em Boa Vista são alarmantes e mais duas pessoas foram executadas com requintes de crueldade e sinais de extrema violência. Na manhã dessa segunda-feira, dia 26, a Polícia Militar foi acionada para atender a duas ocorrências de achado de cadáveres em pontos distintos da Capital.
Por volta das 7h, os policiais chegaram a uma rua que fica entre as ruas “F” e Maria Martins Vieira, no bairro Equatorial, zona oeste, depois de terem acionados via Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) para averiguar uma ocorrência de homicídio. Depois de constatar a veracidade dos fatos, a equipe isolou a área para não comprometer o trabalho da perícia.
O perito evidenciou, preliminarmente, que a vítima tinha 21 perfurações no rosto e por toda a cabeça, todas de arma branca. Quando questionados se conheciam a vítima, se viram ou ouviram algo que pudesse esclarecer os fatos, os populares disseram que não o conheciam e que não viram nada. A vítima estava com os braços e pernas amarrados.
Ao fim dos procedimentos técnicos da Perícia Criminal, o corpo foi removido pelo rabecão até o Instituto de Medicina Legal (IML). Somente horas depois um familiar compareceu para informar que a vítima se tratava do adolescente Marcos Paulo Sousa Silva, de 17 anos.
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A segunda ocorrência foi atendida pelos policiais às 7h20, depois que populares acharam o corpo de um jovem, identificado como Júlio Cesar Leocádio de Sousa Zapata, de 21 anos. A vítima estava de bruços e não era possível perceber a quantidade de perfurações do corpo. Somente com chegada da Perícia Criminal, foi observado que a vítima tinha 22 perfurações de arma branca nas regiões do abdômen, pescoço e cabeça, além de vários hematomas pelo corpo.
O jovem foi morto enquanto estava com os braços e pernas amarrados. A vítima só foi identificada após o corpo dar entrada no IML. Agentes da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) estiveram no local do crime para dar início às investigações.
A motivação dos crimes não foi esclarecida, mas há hipótese de que ele tenha relação com execuções praticadas pelo crime organizado. Os dois casos ficarão a cargo da DGH. Os corpos foram liberados pelos familiares ainda ontem, para realização do funeral e sepultamento. Ninguém foi preso como suspeito do crime até o começo da noite de ontem.
