Funcionários terceirizados que prestam serviços na Casai-RR (Casa de Saúde Indígena) do Dsei-Yanomami, dentro da terra Indígena Yanomami, registraram boletim de ocorrência no 5° Distrito Policial, alegando que estão sofrendo assédio e constrangimento no trabalho.
Eles são contratados por uma Organização Não Governamental (ONG) conhecida Missão Evangélica Caiuá, que é responsável pelas contratações, mas segundo eles, o gerenciamento dos trabalhadores é de responsabilidade do DIASE (Divisão de Saúde Indígena).
Segundo os denunciantes que procuraram a Folha com representates do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Privado de Saúde – SIEMESP, que representa a categoria, eles sofrem calunia, difamação, assédio moral e perseguições no ambiente de trabalho, diretamente da coordenação de enfermagem do Dsei Yanomami.
Eles afirmam que em julho do ano passado foi relatado para o chefe da Caiuá a situação de desrespeito da coordenação para com os servidores, mas nada foi feito de efetivo. “Pedimos providências, o problema foi debatido e pedido que houvesse ética e respeito aos colegas, mas isso não aconteceu, sendo que as ofensas e constrangimentos se agravaram”.
Os denunciantes que preferiram não se identificar com receio de represálias, relatam que desde o inicio de 2017 até o presente data seriam mais de 160 profissionais demitidos sem Justa Causa, todos por indicação da coordenação da Divisão de Saúde Indígena.
A reportagem entrou em contato com os coordenadores da Missão, mas não obteve sucesso. O espaço está aberto para ouvir o outro lado.