Em entrevista coletiva na manhã de ontem, na Cidade da Polícia Civil, antigo conjunto do Executivo, no bairro Canarinho, zona Leste, a Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) apresentou informações sobre a elucidação do assassinato do técnico em enfermagem Rafael Silva Paiva, que foi encontrado com parte do corpo queimado no bairro Aeroporto, no dia 11 março passado.
A investigação foi iniciada tão logo a notícia chegou ao conhecimento da Polícia Civil, que instaurou o inquérito e, uma vez definidas as autorias, a autoridade policial solicitou à Justiça as prisões preventivas dos principais envolvidos no homicídio.
Conforme a titular da DGH, delegada Miriam Di Manso, os envolvidos no crime são Raquel de Paula Sousa, de 34 anos, e Breno da Silva Oliveira, de 20 anos, bem como Thalyson de Sousa Moura, de 18 anos, além de dois adolescentes que também praticaram atos infracionais.
Para a delegada, Raquel de Paula foi a mentora do crime que manipulou os demais envolvidos, que agiram sob seu comando. Ela conhecia a vítima há anos e os dois tiveram um breve relacionamento afetivo que depois se desfez e tornou-se numa “profunda amizade”.
“Com todas as oitivas colhidas, em especial pelos interrogatórios de Breno, Thalyson e Raquel, pode-se afirmar que a vítima foi demasiadamente torturada antes de morrer. Rafael foi pego de sua casa na noite do dia 10 de março, tendo pés e mãos amarrados e sendo mantido no porta-malas do veículo da acusada, um Fiat Pálio”, disse a delegada.
A investigação buscou elucidar o crime obtendo informações dos familiares que apontavam Raquel como suspeita pela proximidade que ela tinha com o técnico em enfermagem, considerando a forma que ele morreu e, além disso, a família esperava uma aproximação dela naquele momento de dor, mas ela simplesmente sumiu. “Essa atitude levantou suspeita de Raquel”, pontuou a delegada.
Mirian informou que aguarda a decisão da Justiça quanto à decretação das buscas e apreensões dos dois adolescentes envolvidos, bem como insistirá na decretação da prisão preventiva de Breno da Silva Oliveira por entender necessária a garantia da ordem pública, tendo em vista a forma brutal com a que o crime foi cometido. (NX)
Polícia
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