FURTO MILIONÁRIO

Defesa alega que acusado de furtar R$1 milhão em joalheria era apenas motorista de App

J.S.S está sendo acusado de auxiliar na fuga dos criminosos, pois ele os levou para Manaus

A advogada de defesa do acusado. (Foto: Karolayne Corrêa).
A advogada de defesa do acusado. (Foto: Karolayne Corrêa).

A advogada de defesa de J.S.S, de 39 anos,  um dos acusados de participar do  furto de R$1 milhão em joias de joalheria no Pátio Roraima Shopping,  Karolayne Corrêa, procurou a FolhaBV para apresentar a versão do cliente. Segundo ela, J.S.S não tem participação no crime e, que ele, estaria apenas atuando como motorista de aplicativo no dia do ocorrido.

De acordo com a defesa, J.S.S está sendo acusado de auxiliar na fuga dos criminosos, pois ele os levou para Manaus, mas a advogada destaca que além do cliente morar no estado vizinho, ele possui trabalho formal e que as corridas eram apenas um extra.

“O meu cliente possui formação superior, pós-graduação e emprego formal, então ele realizava viagens interestaduais entre Manaus e Boa Vista apenas como renda extra, um final de semana sim, outro não. No período em que ocorreu o furto da joalheria, ele tinha acabado de trazer alguns cães de estimação para Boa Vista”, explicou.

Conforme a advogada, no dia do furto, J.S.S,  estava em busca de passageiros para retornar a Manaus e que ele foi indicado por outros motoristas particulares que anteriormente já haviam atendido os outros acusados.

“Eles ofereceram R$1.200 ao meu cliente, que já retornaria a Manaus de qualquer forma. Ao chegar lá, os acusados foram encaminhados a outro motorista, que os levou de Manaus a Porto Velho. É importante destacar que a indicação dos passageiros foi feita por uma agência de motoristas, que recebeu comissão pela intermediação”, destacou.

A defesa informa que J.S.S está sendo apontado como cúmplice do furto, mas que ele não foi flagrado cometendo o crime. 

“As câmeras apenas registraram sua chegada em veículo alugado para buscar os autores do furto, que colocaram bolsas no porta-malas, não tinha como ele identificar que o que estava ali era algo ilícito”comentou a advogada.

Além disso, a defesa enfatiza que tem prints de conversas que provam que J.S.S não tinha conhecimento sobre a ação criminosa e que um outro motorista também realizou corrida semelhante e recebeu pagamento pelo mesmo o mesmo Pix, porém não foi acusado e teve direito a depor. 

“Essas corridas foram feitas de forma particular, sem uso de aplicativo, com veículos alugados em locadoras de Boa Vista. As mensagens que indicam a contratação do meu cliente desapareceram, pois estavam configuradas como temporárias, mas há prints que comprovam a transação”, afirmou.

Karolayne destaca ainda que J.S.S está preso desde o dia 6 de setembro em Boa Vista.“Até então, meu cliente nem sabia do mandado de prisão, pois não recebeu intimação para depor na delegacia ou judicialmente, sendo detido sem sequer ser ouvido”, expôs a advogada.

Próximos passos 

De acordo com a defesa de J.S.S, já foi protocolado um pedido de revogação da prisão preventiva do acusado junto  ao juiz da 1ª Vara Criminal  e que eles estão apenas aguardando a decisão do Ministério Público. 

Ainda conforme a defesa, o acusado não recebeu a citação da acusação formal e, caso o pedido de liberdade seja negado, a defesa pretende recorrer com habeas corpus. “Além disso, estamos prestes a protocolar a primeira resposta escrita à acusação, que contém provas da inocência de J.S.S”, finalizou.

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