CRIME DE 2008

Defensoria consegue anulação de júri de acusado de homicídio após indicar reconhecimento errado

Um homem magro, branco e com tatuagens do ombro ao pescoço, foi visto saindo da cena do crime; Já o assistido da Defensoria, é pardo, gordo e não possui tatuagens

Defensoria consegue anulação de júri de acusado de homicídio após indicar reconhecimento errado Defensoria consegue anulação de júri de acusado de homicídio após indicar reconhecimento errado Defensoria consegue anulação de júri de acusado de homicídio após indicar reconhecimento errado Defensoria consegue anulação de júri de acusado de homicídio após indicar reconhecimento errado
Um novo julgamento do júri será marcado (Foto: Arquivo FolhaBV)
Um novo julgamento do júri será marcado (Foto: Arquivo FolhaBV)

A anulação do júri que condenou um assistido pelo homicídio de uma idosa foi obtida pela Defensoria Pública de Roraima (DPE-RR), após apontar que o homem possui características diferentes das relatadas por testemunhas. A decisão é da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Roraima. Um novo julgamento do júri será marcado.

O caso ocorreu em 2008, no bairro Pintolândia. A vítima possuía, na época, cerca de 80 anos e foi morta após ser estuprada. Duas testemunhas disseram que viram um homem magro, branco e com tatuagens do ombro ao pescoço, saindo da cena do crime. Já o assistido da Defensoria, é pardo, gordo e não possui tatuagens.

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A defensora pública Andreia Vilaça, atual responsável pela Defensoria Especializada com Atuação Perante os Tribunais, explica que apesar das decisões do Tribunal de Júri serem soberanas, há hipóteses que permitem a apresentação de recursos. Neste caso, foi analisado que não havia provas contra o assistido. O julgamento do recurso aconteceu no último dia 20 de fevereiro.

“Nós fizemos o pleito de sustentação oral, demonstramos todas as incongruências probatórias do processo, e conseguimos anular este júri e este nosso assistido vai ter direito a um novo julgamento pelo plenário do júri”, explicou.

Defensora Andreia Vilaça, responsável pela Defensoria Especializada com Atuação Perante os Tribunais (Foto: Divulgação/DPE-RR)

Para a defensora, este é um dos mais emblemáticos e importantes casos de injustiça atendidos pela Defensoria Pública, no âmbito criminal, nos últimos anos. Houve o acompanhamento por diversos defensores em primeiro grau, conforme ela. 

“A Defensoria Pública insistiu na inocência desse assistido, apresentou recurso de apelação e foi designada data de julgamento pelo Tribunal de Justiça, pelos desembargadores criminais”, complementou.

Criminal – O atendimento na área criminal pela Defensoria Pública, acontece no prédio localizado na rua Soldado PM Arineu F Lima, nº 1415, Caranã. A população também pode solicitar o serviço, que é gratuito, por meio do WhatsApp (95) 2121-0264.

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