A juíza Daniela Schirato, da Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas, decidiu nesta quarta-feira, 10, pela soltura dos agentes penitenciários detidos na Cadeia Pública Feminina em decorrência da Operação Alésia.
A decisão tem como base a manifestação do Ministério Público Estadual (MPRR) que sugeriu a revogação da prisão preventiva dos investigados, com aplicação de medidas cautelares.
No documento, o MPRR ressaltou que a quantidade e complexidade dos fatos a serem analisados demandaria tempo e poderia acarretar em excesso de prazo. Entre as medidas que os policiais penais devem obedecer estão a comunicação de comprovantes de residência e número atualizados no prazo de cinco dias. O descumprimento das medidas impostas poderá acarretar em nova decretação de prisão preventiva.
A equipe de reportagem da FolhaBV esteve no local e conversou com familiares dos policiais penais, que aguardavam a liberação dos agentes. “A gente quer que a Justiça seja feita, mas que eles tenham a oportunidade de se defender. Eles estavam sendo tratados como bandidos de alta periculosidade e isso entristecia o nosso coração. Não foi julgado nada, determinado nada, ainda estavam com a preliminar. A gente sabe que o caminho é um pouco longo, mas teremos vitória”, disse a esposa de um dos agentes.
PRISÃO – A Operação Alésia foi deflagrada em 16 de dezembro de 2020pela Polícia Federal, com o objetivo de desarticular organização criminosa encrustada na estrutura da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania de Roraima (Sejuc).
Dos 29 mandados de prisão, 27 foram efetivados, sendo 23 agentes presos, dois empresários e dois reeducandos que usavam tornozeleira eletrônica. E dos 49 mandados de busca e apreensão, 47 já foram cumpridos.
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Com informações de Adriele Lima
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