Polícia

Curandeiro é preso acusado de estuprar clientes

Um curandeiro de 54 anos foi preso por suspeita de estuprar duas clientes, uma adolescente de 14 anos e uma jovem de 20 anos, no município do Cantá. Os casos ocorreram nos anos de 2019 e 2020, respectivamente.

Segundo a Polícia Civil (PCRR), uma investigação realizada pela equipe do Setor de Investigação e Operação (SIOP) da Delegacia do Cantá resultou no cumprimento do mandado de prisão preventiva do curandeiro.

O suspeito também é servidor público municipal do Cantá e foi preso em seu local de trabalho no início da manhã desta quarta-feira, dia 19. Ele será apresentado na Audiência de Custódia e, caso seja homologada sua prisão, será entregue no Sistema Prisional.

HISTÓRIA – O suspeito é considerado um curandeiro e atende a várias pessoas na sede da cidade do Cantá, em sua casa. A vítima de 19 anos o procurou após sentir dores nas costas e na barriga. Foi até uma consulta na casa dele, local em que foi estuprada.

De acordo com informações prestadas pelo delegado titular do Cantá, Ronaldo Sciotti, a vítima somente teve coragem de denunciar o suspeito após ter sido incentivada pelos familiares e amigos.

“Ele tinha uma relação de confiança com a família da vítima, além de ser o curandeiro daquela comunidade. Após a violência sexual essa vítima sai do local e passa a enfrentar uma série de problemas psicológicos, o que a levou inclusive a tentar o suicídio. Somente após tudo isso, essa vítima decide revelar o que aconteceu e, incentivada por familiares e um amigo, que tinha conhecimento de que ele havia praticado o mesmo ato contra uma adolescente, ela decidiu procurar a Polícia e relatar o que aconteceu”, conta o delegado.

MENOR DE IDADE – A vítima de 14 anos passou pela mesma situação no ano de 2019 e, no mesmo ano, a adolescente procurou a Polícia. O caso vinha sendo investigado, mas o suspeito negou.

Diante de nova vítima, o delegado o intimou e o interrogou na Delegacia, mas o curandeiro voltou a negar a segunda acusação. Assim, o delegado decidiu representar pela prisão preventiva sendo deferido pela Justiça.

“Acreditamos que há outras vítimas dele que não tiveram coragem de denunciar, exatamente por essa relação de confiança. Nós ouvimos as vítimas e outras testemunhas e temos a convicção de que ele praticou esses crimes, motivo pelo qual representamos por sua prisão, que foi deferida e cumprida na manhã de hoje”, disse o delegado.