Um casal suspeito de sequestrar, torturar e roubar uma mulher de 27 anos em Boa Vista, estão sendo procurados pela polícia desde a manhã desta sexta-feira (03). Os suspeitos são o piloto Matheus Semler de Almeida, de 29 anos, e a comerciante de joias Andreyslla Thays da Silva Lima, de 26 anos.
A motivação do crime estaria ligada a um empréstimo de R$200 mil que a vítima havia feito com Andreyslla. Segundo a mulher, como ela não conseguiu pagar a dívida, tentou negociar por meio de imóveis, porém o casal não aceitou a proposta.
O crime ocorreu no bairro Cinturão Verde, em 7 de agosto de 2025. A vítima, que dirigia um Honda Civic, foi abordada pelos suspeitos em uma L-200 Triton. De acordo com informações, Matheus, armado, obrigou a mulher a sair do veículo, e Andreyslla assumiu a direção do carro, que posteriormente foi abandonado pela dupla.
Matheus e Andreyslla levaram a vítima para uma área isolada na estrada sentido o município de Alto Alegre e, no local, obrigaram a mulher a tirar a roupa, rasparam sua cabeça e a agrediram com diversas chicotadas nas costas.
Além da violência, a dupla roubou um celular, um cordão e uma pulseira de ouro, os bens levados estão avaliados em cerca de R$15 mil.
A Polícia Civil por meio do 2º Distrito Policial, realizou uma operação nesta sexta-feira (03), para cumprir os dois mandados de prisão temporária do casal e cinco de busca e apreensão em residências ligadas a eles nos bairros Caçari, Santa Teresa, Nova Canaã e Asa Branca, além de um sítio localizado no município de Rorainópolis.
Nos imóveis a polícia apreendeu uma pistola Taurus calibre 380, o carregador e diversas munições foram encontradas na empresa de Andreyslla, além de uma máquina de cortar cabelo que vai passar pela perícia para verificar se foi a mesma usada na vítima.
Após o crime, a dupla chegou a ser ouvida em interrogatório e negaram o crime, mas diante das provas e contradição nas respostas, o delegado levou o caso à Justiça pedindo o mandado de prisão temporária e a busca domiciliar.
Segundo o delegado Ricardo Daniel, do 2º DP, a representação pelos mandados judiciais se deu devido à gravidade dos crimes e ao risco de fuga.
“Eles mudavam constantemente de endereço e usavam múltiplos números de telefone cadastrados em nomes de terceiros, o que poderia comprometer a investigação. Os mandados foram essenciais para garantir a coleta das provas e responsabilizar os autores”, afirmou.
As diligências, segundo o delegado, continuam para localizar e prender os infratores. Ele ressalta que conversou com a defesa dos acusados para que os suspeitos se entregassem, mas não houve acordo.
“Solicitamos o apoio da população para localizá-los. Quem tiver informações pode fazer contato com o Disque-Denúncia da Polícia Civil pelo “diskdenuncia” ou pelo telefone 197”, orientou o delegado Ricardo Daniel.