Polícia

Assassinos confessam que mataram motorista para roubar

O crime foi desvendado por um soldado da Polícia Militar, que seguiu os passos dos assassinos, e buscou câmera no trajeto nas proximidades do local em que o carro foi encontrado queimado

O corpo do motorista de aplicativo Dean Daniel Melo da Silva, que estava desaparecido desde a noite de segunda-feira, 02, foi encontrado às 23h dessa terça-feira, 3, em uma cova rasa na mata do Anel Viário, zona Oeste da cidade. Os acusados do assassinato confessaram que mataram com a intenção de roubar e, posteriormente, vender o carro.

O cadáver estava com as mãos e pernas amarradas por um fio de carregador de celular, coberto por folhas e galhos, sendo asfixia a possível causa da morte, conforme informou a perícia do Instituto Médico Legal (IML).

O crime foi desvendado por um soldado da Polícia Militar, que seguiu os passos dos assassinos, buscou câmera no trajeto nas proximidades do local em que o carro foi encontrado queimado.

Planejaram e participaram do assassinato cinco pessoas, sendo três homens e duas mulheres. Dois mataram Dean e outros dois deram toda cobertura ao assassinato, enquanto que a quinta acusada tinha conhecimento da emboscada, mas ficou em casa cuidando das crianças.

Uma entrevista coletiva foi concedida na manhã desta quarta-feira, 4, no Comando Geral da PM (Foto: Dina Vieira/FolhaBV)

EMBOSCADA

No dia crime os acusados e a vítima estavam bebendo em um bar no bairro Pérola, na zona Oeste da cidade. Na hora em que saíram do bar, dois deles pediram carona para Dean.

Os outros comparsas, que conduziam um carro Onix da cor azul, seguiram o carro de Dean. O assassinato aconteceu em frente à casa em que os acusados iriam ficar, ocasião em que de forma traiçoeira um deles deu um golpe conhecido como mata-leão em Dean com a ajuda do parceiro.

Em seguida colocaram o corpo no porta-malas e se deslocaram para o Anel Viário. O carro Onix, com os dois outros suspeitos deram todo o suporte, inclusive iluminando o local que o corpo foi desovado.

Os supostos assassinos tentaram vender o carro, mas como não conseguiram, decidiram atear fogo para eliminar as provas. Foram os ocupantes do carro Onix que compraram o combustível para incendiar o carro.

INVESTIGAÇÃO

Os acusados e a vítima trabalhavam na campanha de um candidato a vereador e os dois carros envolvidos no crime, o da vítima e dos supostos assassinos, estavam alugados para a campanha política.

O policial militar que desvendou o crime é parente da proprietária da empresa que alugou o carro, e resolveu por conta própria seguir uma linha de investigação, após saber por meio de um parente da vítima que o Onix teria dado suporte ao crime.

Dean havia desaparecido na última segunda-feira, 2 (Foto: Divulgação)

Ao descobrir por meio do candidato a vereador com quem estava o veículo ônix, o soldado resolveu procurar câmeras no possível trajeto feito pelos bandidos antes de atear fogo no Mobi. Foi então que viu nas câmeras os dois carros seguindo juntos, mas minutos depois somente o Ônix retornou.

Ele acionou uma viatura da Polícia Militar que foi até um dos suspeitos, que horas antes foi visto conversando com o candidato a vereador. Na hora da abordagem o acusado contou que o candidato teria mandado esconder o veículo Onix, uma vez que estava sendo citado nas redes sociais como o veículo que dera suporte ao sumiço de Dean.

Em seguida, revolveu contar o que aconteceu e entregar os demais suspeitos, bem como o local que o corpo havia sido ocultado.

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