Polícia

Após agressão, capitão da PM denuncia frentista por racismo

Em vídeo, policial contou sua versão sobre o ocorrido e disse que ato violento foi motivado por suposta ofensa feita pelo frentista à sua mãe. Mãe do frentista informou que filho vai se pronunciar oficialmente e tomar providências cabíveis

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Após a repercussão das imagens que o mostram agredindo o frentista Eduardo Wilhiam Ferreira de Almeida com um tapa, o capitão da Polícia Militar, Jefferson Gomes da Silva, gravou vídeo em que diz ter denunciado o profissional por injúria racial. O episódio aconteceu na manhã desse domingo (3).

Segundo ele, o motivo que o levou à agressão foi a suposta ofensa feita pelo frentista à mãe do policial. Ele admitiu que errou em cometer o ato violento e em não dar voz de prisão a Eduardo Wilhiam. O policial contou sua versão sobre o ocorrido, ao relatar que chegou ao posto para abastecer seu veículo e o frentista teria demorado a atendê-lo.

“Eu desembarquei e perguntei se ele poderia abastecer meu veículo, ele estava limpando a calçada e disse: ‘Quando eu terminar aqui, eu vou abastecer o seu veículo’. Eu disse pra ele: ‘Você não pode abastecer meu veículo e depois você terminar de limpar a calçada?’ Ele disse: ‘Se você está com pressa, tem outro posto de combustível lá na frente’”.

E prosseguiu: “Eu disse pra ele: ‘Quer dizer que aqui nesse posto de combustível o cliente não tem prioridade? Eu tenho que aguardar você fazer outro serviço pra você abastecer o veículo?’ Ele disse: ‘Oh, a prioridade aqui sou eu’. Foi quando eu falei: ‘Oh, eu conheço o proprietário, eu vou procurá-lo e vou informar que aqui o cliente não é prioridade, porque se você não quer trabalhar, tem pessoas que querem’”.

“Ele falou: ‘Faça o que você quiser, macaco. Faça o que você quiser’. “Foi no momento que eu fui até ele, falei pra ele: ‘oh, você me respeite, você não me conhece, eu não sou vagabundo’. E retornei. Quando eu virei as costas, ele falou pra mim: ‘Vá embora, seu vagabundo. Seu filho de uma p…’”, disse, sobre o ápice que o teria motivado a agredir o frentista.

“Quando ele ofendeu a honra da Dona Fátima, uma mãe, trabalhadora, minha mãe, criou todos os filhos, lavando roupa pras pessoas, soube educá-los, formou todos, nunca foi visitar nenhum dos filhos em penitenciária ou em porta de cadeia. Errei como ser humano, e também em não ter dado voz de prisão pra ele, por injúria racial”, disse, pedindo “perdão à sociedade”. “Sou ser humano, errei, confesso que errei e peço perdão”, completou.

Por sua vez, a mãe de Eduardo Wilhiam defendeu o frentista, ao dizer que as alegações do policial são “mentira”, e que o profissional irá buscar orientação de um advogado para se pronunciar oficialmente sobre o caso, bem como tomar as providências contra Jefferson Gomes.

No domingo, a Polícia Militar de Roraima informou que soube do fato pelas redes sociais e prometeu apurar as circunstâncias em que ocorreu. Reiterou, ainda, que repudia qualquer ato de violência praticado e que, em se tratando de policial militar da ativa, adotará as medidas cabíveis que o caso requer.

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