No fim da manhã de ontem, dia 31, a Polícia Militar foi acionada por um venezuelano para atender uma ocorrência de encontro de cadáver na região do Anel Viário, num local conhecido como “banho do crocodilo”. O corpo já estava em avançado estado de decomposição, com as costelas expostas. A Polícia destacou que a vítima foi identificada pelo pai como Patrick Cauã Santos Silva, de 15 anos, que estava desaparecido desde a segunda-feira, dia 28, quando foi sequestrado.
Assim que chegou ao endereço da ocorrência, a guarnição encontrou o cadáver de bruços, sem calçado e sem camisa, apenas trajando uma calça preta. O cadáver foi desovado numa região alagadiça, com baixa vegetação. Um dos policiais informou que pelas características a vítima já estava morta há mais de três dias, confirmando que o relato do pai do adolescente, no que se refere ao tempo de sumiço do filho, está em conformidade com a condição do corpo.
Aproveitando o dia de feriado para fugir do calor, um venezuelano disse que foi ao balneário e para sua surpresa acabou localizando o corpo. A área foi isolada pela PM até a chegada da perícia e do rabecão do Instituto de Medicina Legal (IML). Ao fim dos trabalhos dos peritos, a equipe do IML fez a remoção para que o cadáver fosse submetido a exames.
Mesmo que o pai tenha reconhecido o corpo, a reportagem da Folha procurou o IML e o Instituto de Identificação para confirmar se era do menor e para saber se algum familiar compareceu para realizar o procedimento de liberação, mas de acordo com os peritos, devido ao estado de putrefação, os exames serão realizados de maneira minuciosa, por isso o resultado da identificação poderia demorar.
Um dos legistas explicou que a vítima tem uma tatuagem de flor, que parece uma rosa, na mão direita e usava aparelho ortodôntico. Caso os exames de identificação pelas impressões digitais não sejam capazes de confirmar a identidade da vítima, outra opção é o exame pela arcada dentária.
A equipe policial entregou o Relatório da Ocorrência (ROP) na Central de Flagrantes do 5o DP, para que a autoridade policial tomasse conhecimento dos fatos e instaurasse o processo de investigação. As causas da morte e a motivação do crime não foram reveladas, mas pelo relato da família, há indícios de que se trate de uma execução orquestrada por facção criminosa. (J.B)