
Moradores acionaram a Polícia Militar (PMRR) após avistarem um adolescente de 12 anos andando com o pulso acorrentado na tarde dessa quinta-feira (20), na vila São Francisco, no Município de Bonfim, Norte de Roraima. O caso foi registrado como abandono de incapaz na Polícia Civil (PCRR).
Enquanto os policiais recebiam informações sobre o caso, o garoto passou em frente ao destacamento da PM na vila, momento em que os agentes ampararam o menino até localizar um responsável pelo adolescente.
A PM, então, constatou que o menino tinha uma corrente fechada com cadeado ao redor do pulso, a qual foi removida. Assim, a guarnição foi ao local que seria a residência da vítima, mas verificou que a casa estava fechada e não tinha ninguém.
Com isso, os policiais contataram vizinhos, que informaram que a mãe do garoto teria ido à vicinal 1 para trabalhar e já retornaria.
A PM acionou o Conselho Tutelar de Bonfim, que enviou um conselheiro para intervir na situação. Enquanto ele não chegava, a mãe do adolescente compareceu ao destacamento e esclareceu que não foi ela quem acorrentou o filho.
A mulher disse acreditar que, possivelmente, a irmã do garoto o teria acorrentado por brincadeira.
A PM liberou a mãe e o filho para aguardar a chegada do conselho após o menino começar a ficar agitado e dizer que queria ir para casa.
A guarnição acompanhou a equipe do conselho, que esclareceu a situação e fez o procedimento cabível quanto ao caso, mas a PM não detalhou qual.
A mãe do garoto apresentou um laudo médico que comprova que o filho tem uma espécie de neurodivergência, termo usado para descrever pessoas cujos modos de pensar, aprender, perceber o mundo e processar informações diferem do padrão considerado “neurotípico”. A PM também não relatou qual.