A operação mobilizou mais de 300 policiais civis, incluindo 51 delegados .(Foto: PCRR).
A operação mobilizou mais de 300 policiais civis, incluindo 51 delegados .(Foto: PCRR).

Durante a Operação Fim de Dança II, realizada nesta terça-feira (25), 26 suspeitos de integrar o PCC em Roraima foram presos. Ao todo, 77 ordens judiciais foram cumpridas em Boa Vista, Mucajaí, Iracema, Caracaraí, Rorainópolis e São João da Baliza, além de mandados executados no estado de São Paulo.

A última prisão foi registrada no início da noite, em Mucajaí, encerrando o dia de buscas e cumprimentos de mandados. Das ordens judiciais, 22 foram de prisões preventivas, sendo 17 delas cumpridas e 64 buscas em endereços ligados aos investigados.

A operação mobilizou mais de 300 policiais civis, incluindo 51 delegados que comandaram as equipes, e utilizou 95 viaturas.

Ao longo das ações, nove pessoas foram presas em flagrante. O município de Caracaraí, foi local onde houve maior apreensão de drogas, cerca de meio quilo de pasta-base de cocaína. Veículos, celulares e munições também foram recolhidos.

(Foto: PCRR).

A investigação apontou a existência de pontos de venda de drogas, com rendimento diário estimado em R$1,5 mil. Parte do valor seria destinada à facção, três dos presos seriam responsáveis por funções consideradas centrais no esquema.

Dois mandados foram cumpridos em São Paulo. Um dos detidos é apontado como operador financeiro do grupo. Outro alvo já estava preso e recebeu novo mandado.

A delegada-geral da PCRR, Darlinda de Moura Viana, reforçou a importância estratégica da operação.

“Essa megaoperação é fruto de uma investigação completa da DRACO, que durou mais de seis meses. É a maior operação que a Polícia Civil do estado de Roraima já fez, e uma das mais importantes contra uma facção criminosa. Estamos atingindo todo o núcleo, tanto operacional quanto financeiro da facção, e acreditamos que nos próximos dias teremos grandes vitórias”, disse.

Os presos foram encaminhados para unidades policiais e passaram por audiência de custódia. As investigações continuam e novas prisões ou apreensões não estão descartadas.

A Operação Fim de Dança II foi executada no contexto da terceira Operação Nacional da RENORCRIM (Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas) com apoio da DRACO (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e do MPRR (Ministério Público de Roraima).