Terça feira, 04/11, desembarquei em Varsórvia, Polônia, vindo de Reykjavik. Este é o quarto país que visito nesta trip. Já passei por Lisboa, Portugal, Amsterdam, Utrecht, Leusden, Haia, na Holanda; Reykjavik, Islândia. Tive sorte no curto tempo que estive na Islândia. Dois dias antes de desembarcar na gélida Reykjavik, teve uma nevasca, com 50 centímetros de neve, coisa que não ocorria no país, neste mês de novembro, há 50 anos. Caminhei por uma Reykjavik com gelo derretendo em  ruas e calçadas. Cuidado redobrado para quem se locomove com muletas. O aeroporto de Reykjavik fica a 60 km do centro da fascinante cidade. Deu para conhecer a grande ilha, os lugares mais distante conhecerei em uma próxima viagem. O Velho mundo me fascina. A Europa com seus 50 países, tem arte, história, gastronomia, experiências e pessoas interessantes. Como diz o amigo Francisco Brandão, português com coração brasileiro, “A Europa é um grande museu”.

Na Holanda, visitei Haia: almocei com amigos queridos, visitei a Casa de Maurício de Nassau, que tem muito haver com nossa história.

Varsórvia com seus dois milhões de habitantes, cosmopolita e efervescente, pulsa o moderno ao lado do passado. Musical, tem artistas de rua, espalhados pela cidade. A Polônia, localizada ao lado da Ucrânia, já recebeu mais quatrocentos mil ucranianos, que se refugiaram em suas cidades, fugindo da famigerada guerra com a Rússia. Em 2018 tive a oportunidade de visitar Kiev, e andei para praças, ruas e avenidas arborizadas e bem cuidadas, que nunca imaginei tamanha barbarie por causa de uma mente doentia como a de Wladimir Putin. Assistir pela TV as cenas horripilantes da guerra é muito triste. Escrevo de um Café, no centro comercial e econômico de Varsórvia, que em nada lembra que tenha uma guerra sangrenta tão perto.

Observo o frenesi das pessoas, aturdidas em seus afazeres. Um casal à minha frente, a sorrir, com o frescor da jovialidade. Um senhor solitário, ler calmante seu jornal, atualizando-se sobre as mazelas de dias loucos. Uma senhora com seu cachorro, ambos agasalhados do frio, não parecem preocupados com seu entorno. Um jovem, cabelos ruivos, alargadores nos lombos das orelhas, pincel no nariz, lembra índios da Amazônia. O termômetro marca 8 graus. Gosto de frio, vou tomar mais um café e checar a planilha das novas viagem que planejei.

Gosto do Velho mundo, da calmaria de sentar em um Café, sem a neurose com preocupação que toma conta de nós brasileiros, inseguros em qualquer lugar de país chamado “Brasil”, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que a cada dia fica mais violento. As mazelas do Brasil vistas de longe nos tornam cada vez mais feio.

Amanhã me despeço da Europa, sigo para a Ásia, o continente exótico e populoso, que mais me encanta. Primeiro vou para Azerbaijão, com sua capital Baku, planejada e cada vez mais ocidental. Depois visito oitos novos países.

Luiz Thadeu Nunes e Silva

Engenheiro Agrônomo, escritor e Globetrotter, autor do livro “Das muletas fiz asas”.

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